MICBR 2023: Conheça a história das sul-mato-grossenses selecionadas para a maior feira de Economia Criativa do Brasil

Entre os dias 8 a 12 de novembro será realizado o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) o evento está em sua terceira edição, desta vez em Belém, no Pará. O MICBR é um ‘mega’ encontro que inclui rodadas de negócios, atividades de networking, showcases, mentorias, conferências, mesas de debate e atividades culturais. 

Para compor a delegação comercial brasileira, o Ministério da Cultura investiu aproximadamente 1 milhão, no edital que selecionou 260 empreendedores culturais e criativos. Os escolhidos terão a oportunidade de participar de uma série de atividades que abrangem negócios, informação e cultura. Dentre os selecionados estão Isabel Muxfeldt e Fernanda Reverdito, duas sul-mato-grossenses que trabalham com inovação sustentável e economia criativa. 

A Economia Criativa é a junção de três elementos, cultura, tecnologia e economia, tudo isso baseado na criatividade humana. Segundo o superintendente Décio Coutinho, este é o conceito que está sendo empregado no Estado, que agora está construindo um Plano Estadual de Economia Criativa. “Acreditamos que esse plano irá facilitar o direcionamento das políticas públicas e as atividades do Governo, dos Governos Municipais e dos parceiros na área da economia criativa aqui do Mato Grosso do Sul”

 

Isabel Muxfeldt 

A empresária e artesã campo-grandense Isabel Muxfeldt, 64, constrói peças artesanais a partir de materiais de reuso que iriam pro lixo, ela reutiliza esses elementos e transforma-os em lindas bolsas temáticas típicas do MS. Atualmente é proprietária da empresa Ecolinhas e trabalha com resíduos, tais como: cinto de segurança, lona de caminhão, embalagens de laranja, banana, entre outros. 

Isabel conta que esta cultura do reaproveitamento surgiu ainda quando criança.”Eu venho de uma família onde eu sempre aprendi o manual, minha mãe fazia questão que a gente aprendesse, então essa cultura sempre esteve presente na minha rotina quando mais nova”. Na empresa Ecolinhas, trabalha com outras duas companheiras, ambas confeccionam os produtos dentro de suas residências. 

Ao Portal Notícia MS, a empresária contou que ficou sabendo sobre a MICBR através da Superintendência de Economia Criativa. “Logo após me informar sobre a feira, eu me inscrevi e para minha surpresa acabei sendo selecionada. As minhas expectativas são altíssimas, por que a gente conhece outras pessoas, gera negócios e acredito que essa experiência será uma virada de chave no meu trabalho”.

Ainda disse que todo o seu trabalho é sustentável e só se atentou que seus produtos fazem parte da Economia Criativa a pouco tempo, mas que sempre trabalhou tentando inserir a cultura sul-mato-grossense em suas criações, como por exemplo os trançados pantaneiros. 

 

 

Fernanda Reverdito 

Já a selecionada para o MICBR, Fernanda Reverdito, 43,  é atriz, empresária e realiza há 20 anos o trabalho de resgate histórico da sua região, também é tataraneta do fundador do município de Bonito, Luiz da Costa Leite. Entre os trabalhos produzidos pela bonitense está um documentário de 26 minutos resgatando a história e cultura local. Neste projeto buscou conhecedores antigos da cidade, como: chefes de comitivas, curandeiros e rezadeiras até mapeou pessoas que conviveram com o curandeiro “Sinhorzinho”, lenda histórica de Bonito. 

Segundo a empresária, ela é uma apaixonada pela história local. “Eu acredito muito na ligação de que as memórias podem tornar um povo maior, quando é sabedor da sua essência cultural e da sua tragetória”. Desde criança sempre acompanhou sua família nas antigas festas de fazenda e passou a buscar sabedoria que para ela é muito importante. 

Por ser tataraneta do fundador da cidade e já possuir algumas peças, não teve muita dificuldade em reunir a história sobre Bonito. Com alguns acervos, em sua própria casa montou “Casa da Memória Raída”, que foi crescendo até ter o seu próprio espaço, que se tornou um tesouro cultural, dedicado ao resgate das raízes de Bonito e da Serra de Bodoquena. 

O espaço atualmente abriga um rico acervo educativo e artístico que homenageia os povos indígenas e celebra a pioneira jornada do antigo Rincão Bonito, que foi quem deu origem ao município. A casa já é conhecida no Brasil todo como um ponto de memória, reconhecido não só pelo Instituto Brasileiro de Museus, como também certificado pelo Ministério da Cultura. 

 

 

 

 

Quem tiver interesse em conhecer melhor o trabalho das nossas empresárias e artesãs, acompanhe o perfil delas no insta @ecolinhas e @casadamemoriaraida

Por: Brunna Paula

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