Antes de ser assassinado no Bela Laguna, Lucas pedia emprego aos vizinhos (vídeo)

Antes de ser assassinado no Loteamento Bela Laguna, em Campo Grande, Lucas Henrique Rodrigues Dias, 27 anos, estava em busca de um novo emprego. Apesar de ter passagens e estar usando tornozeleira, o rapaz pediu indicação de serviço para os vizinhos.

Uma moradora da região, que preferiu não se identificar, contou ao TopMídiaNews que há menos de 15 dias, Lucas estava pedindo indicação de emprego ao seu marido.

“Moro na quadra de trás, ele sempre andava pela vizinhança, cumprimentava todos. Algumas pessoas ficavam com receio dele por causa da tornozeleira, mas há 15 dias ele conversou com meu marido a respeito de emprego, ele queria trabalhar e perguntou se meu marido conseguia uma vaga para ele”, detalhou.

Câmera de segurança flagrou o crime que chocou os vizinhos com mais de 40 tiros. 

Na imagem é possível ver o momento em que Lucas tenta correr dos atiradores, ele cai no chão, um homem encapuzado se aproxima e desfere um chute e depois um disparo contra ele. Em seguida, outros dois homens chegam e também atiram várias vezes contra a vítima.

Um veículo chega no local, dois atiradores entram, enquanto o terceiro efetua mais disparos contra a cabeça do rapaz. Em seguida o criminoso entra no carro e foge com os comparsas.

A polícia trabalha na tentativa de localizar os autores e desvendar a motivação do crime.

Crime para a facção

Lucas já foi contratado por uma facção criminosa para fazer um serviço de escolta para um detento jurado de morte pela facção rival.

O caso aconteceu no dia 6 abril deste ano, quando Lucas e mais uma pessoa usavam uma Mitsubishi Pajero, blindada e modificada para parecer uma viatura policial, incluindo luzes semelhantes a utilizadas em veículos descaracterizados. Na oportunidade, os dois indivíduos foram presos pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações).

A investigação policial ainda ouviu o rapaz, dizendo que ele foi contratado para fazer essa escolta do detento jurado de morte, de onde saia da Casa do Albergado e iria para o centro de Campo Grande. Esse mesmo serviço teria sido feito três vezes por dia, ficou acordado que Lukinha receberia R$ 100 pelo trabalho.

Com Lucas, os policiais encontraram um revólver de calibre 38 com seis munições intactas. Sabendo de sua prisão em flagrante, o indivíduo ainda afirmou que utilizava sua casa para o tráfico de drogas e encontro com seus comparsas.

Essa foi a última prisão de Lukinha, onde ele ganhou liberdade provisória, mas com algumas condições, entre elas, usar tornozeleira eletrônica, a qual ele utilizava no momento em que foi assassinado por três indivíduos encapuzados na rua Marco Aurélio Bastos, próximo à rua Poente.

Ele ainda tinha passagens criminais por receptação, tráfico de drogas e porte ou posse ilegal de arma de fogo.



Fonte

VÍDEO
PUBLICIDADE
COLUNISTAS
PREVISÃO DO TEMPO
PUBLICIDADE​
APOIO
ÚLTIMAS