O Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) emitiu uma nota, na tarde deste sábado (17), após o episódio envolvendo a agressão de uma profissional de enfermagem na noite desta quinta-feira (15). Em comunicado, o conselho repudiou a violência.
O Coren classificou o ato como “vergonhoso” e “desprezível”, ainda mais pelo fato do agressor já ter representado uma “instituição guardiã da enfermagem”, afirmou nota. “Pela posição que já ocupou, o agressor deveria zelar pela dignidade de todo e qualquer profissional de saúde”, declarou.
A nota ainda declara que a vítima está sendo acompanhado desde o dia das agressões. “Nossa assessoria jurídica tem se esmerado em qualquer horário e dia para fazer valer os direitos e garantias da profissional agredida como faria com qualquer outro profissional filiado a base”, relatou.
O caso
Uma socorrista do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), de 36 anos, foi agredida na noite desta quinta-feira (15) por um homem de 49 anos, filho de uma paciente, no Jardim TV Morena, em Campo Grande. Descontrolado, o autor ainda danificou a viatura de resgate.
Segundo o boletim de ocorrência, a socorrista foi agredida pelo autor durante o deslocamento da paciente para uma unidade de saúde. De acordo com o relato da socorrista, o filho da paciente ficou exaltado porque, segundo ele, a mãe tinha plano de saúde e estava havendo demora da equipe em levá-la a um hospital. Ele decidiu que levaria a mãe por meios próprios.
A socorrista tentou explicar ao agressor que estava aguardando a regulação para um hospital enquanto preenchia a ficha da paciente, mas acabou sendo empurrada e levou um soco, enquanto o filho tentava retirar a mãe da viatura. Uma viatura do Corpo de Bombeiros chegou ao local e tentou conter o conflito e minimizar os riscos para a paciente.
A Polícia Militar foi acionada e conseguiu negociar para que o filho acompanhasse a mãe na viatura do Samu até o Hospital El Kadri, enquanto a socorrista agredida foi levada na viatura do Corpo de Bombeiros.
Uma equipe da Romu (Ronda Ostensiva Municipal) acompanhou o agressor até o hospital para a internação da paciente e aguardou a chegada de outro familiar para acompanhar a idosa. O filho foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Cepol, onde o caso de agressão foi registrado.
A socorrista agredida também esteve na delegacia, onde decidiu representar contra o agressor e levou uma testemunha, indicando que, além de agredi-la, o autor também danificou a parte interna da viatura do Samu.
