Medalhas brasileiras nos Jogos de Paris impulsionam interesse por modalidades olímpicas

O Jogos Olímpicos de Paris 2024 se encerraram há mais de um mês, mas o bom desempenho de atletas brasileiros em alguns esportes ainda tem reflexos no país.

Levantamento feito pelo BV, junto aos institutos por ele apoiados, indica um crescimento significativo na busca por aulas em modalidades que faturaram medalhas nas últimas edições dos Jogos.

Responsável por por quatro das 20 medalhas obtidas pelo Brasil neste ano (um ouro, duas pratas e um bronze, com destaque para Rebeca Andrade, que protagonizou ou participou diretamente de todas essas conquistas), a ginástica artística foi um dos esportes que mais viram sua popularidade crescer.

No Instituto Diego Hypolito, criado pelo medalhistas de prata no Rio 2016 e apoiado pelo BV, a procura por aulas de ginástica artística aumentou em quase dez vezes, após os Jogos de Paris.

“Antes das Olimpíadas, em torno de 40 pessoas costumavam passar, diariamente, pelo Instituto Diego Hipólito. Depois dos Jogos, esse número passou a ser de 300 visitantes ao dia”, explica Tiago Soares, gerente executivo de marketing e ESG (sigla em inglês, equivalente a ambiental, social e governança) no BV.

A lista de espera da entidade atualmente está congelada e já soma 580 interessados em uma vaga para iniciar os treinos na Vila Olímpica Greip, no Rio de Janeiro (RJ). 

Bom desempenho favorece popularidade

No caso da ginástica, a modalidade ficou muito em evidência sobretudo graças ao grande desempenho de Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica da história do Brasil e que, conforme já mostrou a Máquina do Esporte, registrou crescimento de 9.873.624 fãs em suas contas oficiais no Instagram e TikTok, de acordo com recente estudo da plataforma de resultados esportivos Flashscore, em cooperação com a Result Sports.

Outras ginastas da equipe brasileira também viram sua base de seguidores o Instagram disparar. Flávia Saraiva ganhou 4,3 milhões de fãs, enquanto Júlia Oliveira arrebanhou outros 2,7 milhões e Lorrane Oliveira conquistou 1,9 milhões. Isto sem contar Jade Barbosa, que acumulou 1,3 milhão de seguidores, no mês em que foram realizados os Jogos.

O interesse crescente por essas atletas acaba por impactar também a busca pelos esportes que elas praticam. Segundo Soares, a procura por aulas nas demais modalidades que se destacaram em Paris 2024 também é grande, nos institutos apoiados pelo BV. “Esse efeito se repete em todos os projetos e já era, de certa forma, esperado”, explica.

Na visão do executivo, a performance dos atletas do país nas grandes competições pode ter, em muitos casos, relação direta com o aumento no interesse das pessoas pela modalidade.

“É claro que isso vai depender de muitos fatores. No futebol, por exemplo, que é mais enraizado na cultura brasileira, os resultados do Brasil não terão tanto impacto no interesse da população, pois ele seguirá sendo alto, em qualquer cenário. Já nos casos do skate e do surfe, o que vimos a partir de 2020 foi um verdadeiro boom, com aumento expressivo na audiência”, avalia Soares.

O BV apoia entidades que atuam nas modalidades, caso do Instituto Italo Ferreira, criado pelo medalhista nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O projeto oferece educação financeira, oficinas práticas e teóricas de educação ambiental, liderança motivacional, além das aulas de surfe e esportes de areia no contraturno escolar para 200 crianças no Rio Grande do Norte.  

“O Instituto começou a ser construído depois da minha conquista da medalha de ouro em Tóquio e como naquele ano foi a primeira vez do surfe nas Olimpíadas, o crescimento do interesse pelo esporte, do público em geral, foi gigante. Em Baía Formosa (RN) o surfe já é popular, porque é uma cidade que respira a pesca, o turismo e o esporte. Agora em Paris o surfe ficou ainda mais popular e o interesse das pessoas aumentou, e aqui no projeto as crianças se empolgam muito com a possibilidade de um dia, se quiserem, podem representar o Brasil assim como eu. Então, é muito gratificante contribuir para o esporte como atleta e no social também”, diz Italo Ferreira, patrono do IIF. 

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