Há 4 dias acompanhando o pai de 82 anos, internado no Hospital Regional de Campo Grande, uma vendedora de 31 anos, presenciou cenas, segundo ela, deplorável no hospital. Além de ver o pai deixado em um corredor lotado de pacientes, a acompanhante notou a falta de funcionários e um prédio caindo aos pedaços.
Desde segunda-feira (23), quando o pai internou com desnutrição e pneumonia, a vendedora que preferiu não ser identificada encontrou o hospital lotado, sem condições de atender a todos os pacientes.
Segundo ela, mais de 20 pessoas foram encontradas pelos corredores, enquanto apenas 2 enfermeiros e técnicos atendiam por turno.
O desespero da filha aumentou depois do pai esperar mais de 9h por uma medicação que deveria ter sido tomada nas primeiras horas do dia.
“Ele literalmente foi esquecido, poucos profissionais para muitos pacientes, eles não estão dando conta, a medicação que meu pai precisava tomar 6h só foi dada 15h30, quando eu fui atrás porque ninguém havia passado lá”, conta a filha.
Em relato ao TopMídiaNews, a filha do paciente explica que o pai ficou por 2 dias no corredor até conseguir uma vaga no quarto. A situação deplorável, segundo ela, piorou, quando viu as condições do quarto e até elevadores.
“Nem os médicos queriam andar de elevador, acompanhantes conseguem andar de escada, mas e os pacientes?”, questiona.
Aviso no botão que elevador não estava funcionando, teto com parte faltando, e elevadores travando com pessoas dentro, são outras observações feitas pela filha do internado.
“Meu pai foi para um quarto onde não tinha ventilação, precisei levar ventilador, um descaso total com o ser humano”, aponta.
A reportagem entrou em contato com o hospital diante das informações de abandono, ausência de funcionários e imagens de corredores lotados e aguarda retorno.