Apesar de diminuição, MS ainda possui quase 149 mil analfabetos

Apesar de crescimento de alfabetismo, Mato Grosso do Sul ainda possui quase 149 mil analfabetos, segundo o Censo Demográfico 2022: Alfabetização, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados foram divulgados nesta sexta-feira (17).

De 2010 a 2022, a taxa de alfabetização cresceu 2,3% no Estado e, consequentemente, a de analfabetismo caiu para cerca de 5,4% da população. A análise é realizada com pessoas acima de 15 anos.

Ao todo, 2.608.134 milhões sabem ler e escrever um simples bilhete em Mato Grosso do Sul, enquanto 148.878 mil são analfabetos. Ou seja, sob o recorte desse grupo populacional, a taxa de alfabetização é de 94,6%.

Por Unidade da Federação, as maiores taxas de alfabetização são registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), enquanto as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (82,8%).

Pesquisa Nacional

O IBGE analisou uma população de 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais para consolidar a pesquisa do Censo Demográfico 2022 sobre os dados de alfabetização no país, conforme o site Metrópoles, parceiro do TopMídiaNews.

Ao todo, 151,5 milhões sabem ler e escrever um simples bilhete no Brasil, enquanto 11,4 milhões são analfabetos. Ou seja, sob o recorte desse grupo populacional, a taxa de alfabetização é de 93%, contra taxa de analfabetismo de 7%.

Após mais de 80 anos, o país saiu de um cenário em que menos da metade da população era alfabetizada (44%) para ter 93% de pessoas que sabem ler e escrever – representando aumento de 49 pontos percentuais em relação a 1940, início da série histórica do IBGE.

Alfabetização por idade, cor ou raça e sexo

O percentual de pessoas que não sabem ler e escrever segue diminuindo em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%).

O Censo 2022: Alfabetização destaca que “a elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação”.

Apesar desse contingente entre os mais velhos, o grupo com 65 anos ou mais teve a maior queda na taxa de analfabetismo em três décadas, passando de 38% (2000), para 29,4% (2010) e 20,3% (2022) – totalizando uma redução de 17,7 pontos percentuais.

No recorte de cor ou raça, as taxas de analfabetismo de autodeclarados pretos (10,1%) e de pardos (8,8%) são mais que o dobro da taxa registrada entre brancos (4,3%). Por outro lado, esse contingente é quase quatro vezes maior para indígenas (16,1%). No Brasil, a população amarela que não sabe ler e escrever é de 2,5%.

Regiões do Brasil

Entre 2010 e 2022, a taxa de alfabetização cresceu em todas as regiões do Brasil. O Sul lidera o ranking com 96,6% de pessoas que sabem ler e escrever, seguido pelo Sudeste (96,1%), Centro-Oeste (94,9%), Norte (91,8%) e Nordeste (85,8%).

Embora tenha aumentado 4,9% (entre 2010-2022), a taxa de alfabetização no Nordeste permaneceu a mais baixa, com destaque para o índice de analfabetismo (14,2%), que é o dobro da média nacional (7%).

Além disso, os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentam a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), o que corresponde a mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500 mil habitantes (3,2%).



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