Após Antony Gabriel Lima Magalhães, de apenas quatro anos, ser atacado e mordido por uma capivara na Lagoa Maior, em Três Lagoas. A permanência dos animais no local foi alvo de questionamentos.
Segundo o promotor do Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, a Lagoa Maior tem excesso de capivaras. Atualmente, segundo a prefeitura, cerca de 100 capivaras habitam o local.
Para o promotor, é preciso haver um melhor monitoramento dos animais. Ele acredita que parte delas precisam ser remanejadas para outro recinto.
Oliveira ainda afirma que a prefeitura precisa investir mais em placas informativas para que as pessoas não se aproximem dos animais.
Conforme o site RCN67, em 2016, o promotor moveu uma ação contra a prefeitura para que os jacarés da lagoa fossem removidos para o Parque do Pombo, área distante da cidade. Ele alegava que os animais poderiam causar riscos à população.
Em 2018, a Justiça acatou a ação e os jacarés foram removidos. Agora, neste ano, com o ataque de capivara à criança, a presença dos animais na Lagoa volta a ser alvo de questionamento.
O incidente se desenrolou por volta das 21h do último domingo (14), enquanto a criança acompanhava sua tia pela circular da Lagoa.
Conforme relato de Ingrid Lima Silva, mãe de Antony, no momento do ataque, o menino brincava com a sobrinha, perseguindo um pássaro quero-quero.
As capivaras, deitadas entre a grama e a calçada, surpreendentemente reagiram quando uma delas correu em direção a Antony, o derrubando e iniciando uma série de mordidas. Ingrid detalhou que seu filho mencionou que o animal estava acompanhado de filhotes.
Os ferimentos sofridos pelo garoto foram graves, resultando em 35 pontos na cabeça. O menino chegou a passar a mão no animal.
Após o ataque, Antony foi atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e, posteriormente, recebeu alta. Contudo, ao retornar para casa, apresentou febre e vômitos, levando a família a buscar atendimento no Hospital Auxiliadora, que, devido à lotação, recomendou encaminhamento para outra unidade.
Um incidente similar ocorreu no ano passado, quando uma mulher, durante um passeio pela Lagoa, decidiu acariciar uma capivara, resultando em um inesperado golpe da mesma, que a derrubou e causou um corte em seu braço.