A Arábia Saudita, forte candidata a sediar a Copa do Mundo Masculina de 2034, expressou interesse agora em hospedar a edição feminina do torneio um ano depois.
De acordo com a BBC, Monika Staab, diretora técnica da seleção feminina saudita, compartilhou essa ambição durante um evento de gestão em Londres, na Inglaterra. Segundo a publicação, os sauditas já formalizaram a candidatura para sediar o Mundial Feminino de 2035.
O país tem investido cada vez mais no futebol, atraindo estrelas internacionais para a Liga Saudita Masculina. Já a Liga Saudita de Futebol Feminino, lançada em 2020, está em sua quarta edição e tem seguido os passos da masculina, buscando atrair estrelas do esporte para a próxima temporada no país. Recentemente, o torneio fechou um contrato de naming rights com a Lay’s, marca da Pepsico.
Enquanto a Fifa avalia a candidatura da Arábia Saudita para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2035, a Inglaterra considera se candidatar para ser sede da edição de 2031. No entanto, uma candidatura conjunta entre Alemanha, Holanda e Bélgica para 2027 pode levar a Inglaterra a adiar sua tentativa justamente para 2035, por conta das regras da Fifa que evitam Mundiais consecutivos no mesmo continente.
Controvérsias
No entanto, o compromisso saudita com o futebol feminino gerou controvérsias devido às restrições aos direitos das mulheres e, principalmente, à situação da comunidade LGBTQIA+ no país.
Apenas em 2017 as escolas estatais sauditas começaram a oferecer aulas de educação física para meninas pela primeira vez. No mesmo ano, as autoridades anunciaram que as mulheres poderiam assistir a eventos esportivos.
Em fevereiro de 2023, a comunidade internacional ligada ao futebol feminino criticou veementemente a possibilidade da Autoridade Turística da Arábia Saudita (Visit Saudi) patrocinar a Copa do Mundo Feminina deste ano, que ocorreu em julho e agosto na Nova Zelândia e na Austrália. Sob pressão, a ideia foi descartada.