Banidos pela Fifa, Teixeira e Del Nero articulam derrubar Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF

Banidos do futebol durante o escândalo Fifagate, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, ex-presidentes da CBF, articulam tentativa de golpe para derrubar Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade.

Ednaldo foi presidente interino da entidade entre 2021 e 2022, logo após Rogério Caboclo ser afastado por conta de denúncias de assédio moral e assédio sexual.  Em março de 2022, o ex-presidente da Federação Baiana de Futebol acabou eleito para a presidência da CBF.

A iniciativa foi criticada pelo senador Romário (PL-RJ) em sua conta oficial no X (ex-Twitter) nesta semana. “No momento, temos conhecimento de que dois ex-presidentes da CBF estão se mobilizando de maneira oportunista, aproveitando o atual momento da seleção, para iniciar um movimento visando dar um golpe na gestão atual e retomar o poder em nosso futebol”, escreveu Romário, para em seguida criticar os dois ex-presidentes da CBF.

“É muita cara-de-pau. Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero estão na lista vermelha da Interpol e não podem sair do Brasil ou serão presos, por terem sido condenados nos EUA. O crime? Corrupção!”, acrescentou.

Já a Fifa enviou, na última quarta feira, uma notificação à CBF alertando que poderá suspender a entidade caso Ednaldo venha a ser afastado do cargo “por influência indevida de terceiros”. Essa informação foi publicada primeiro pelo Estadão e confirmada pela Máquina do Esporte.

Críticas

Teixeira, que presidiu a CBF de 1989 a 2012, está banido do futebol por conta do escândalo do Fifagate, operação do FBI contra a corrupção na Fifa desencadeada em 2015.

Já Del Nero, mandatário da entidade entre 2015 e 2017, recebeu punição de 20 anos da entidade que comanda o futebol mundial por violações em artigos que tratam de suborno e corrupção, oferecer a aceitar presentes e outros benefícios, conflito de interesses e regras gerais de conduta. Del Nero nega as acusações.

Em artigo publicado no portal UOL, Del Nero se aproveitou do mal momento da seleção brasileira e uma suposta má gestão financeira para criticar a gestão atual da confederação.

“Como torcedor e entusiasta do potencial do futebol brasileiro, me causa enorme preocupação ver os rumos financeiros da CBF com essa gestão precária, temerária e dissociada da realidade que estamos acompanhando do atual presidente”, afirmou o ex-presidente.

“Pelo bem do futebol brasileiro, penso que ele deveria assumir sua incompetência e renunciar. Ou quem tem poder para isso, que é a Assembleia Geral, poderia retirá-lo de lá antes que ele comprometa o futuro do futebol brasileiro como um todo”, acrescentou.

Reação

Ednaldo saiu fortalecido nesta semana, com apoio dos 27 presidentes das federações estaduais de futebol, que lançaram manifesto a favor do cartola. O documento também ganhou a adesão dos 20 clubes da Série B, que disputaram a última temporada.

“Repudiamos qualquer tipo de atos atentatórios à entidade e ao futebol nacional e mundial praticados por pessoas que não mais possuem relação com a entidade, movidas por interesses pessoais, e que não gozam de qualquer representatividade perante os membros da comunidade do Futebol Brasileiro”, diz o documento.

Outro trunfo que o atual mandatário tem nas mãos foi o lançamento do programa CBF Transforma, que irá garantir investimento de R$ 200 milhões em projetos de fomento ao futebol nos próximos três anos. A maior parte desses projetos será tocada pelas federações estaduais, cujo apoio é fundamental para a continuidade da gestão.



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