A primeira reunião para negociação de aumento dos motoristas do transporte coletivo na Capital não teve a participação de representantes da Prefeitura de Campo Grande ou da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos). Por conta das ausências, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG), Demétrio Freitas manifestou interesse em fazer uma paralisação dos serviços.
Conforme a ata da reunião, a qual o JD1 Notícias teve acesso com exclusividade, mostra que o encontro estava previsto para acontecer às 14h desta segunda-feira (23), sendo denominado como ‘primeira rodada de negociação’. Porém, a conversa começou com atraso, pois o presidente dos consórcios de ônibus Guaicurus, estava esperando os representantes municipais.
Para adiantar a conversa, Demétrio teria sugerido dar continuidade ao encontro. No entanto, como em Campo Grande o aumento do salário está diretamente ligado ao aumento da tarifa do transporte coletivo, a presença dos representantes da prefeitura é uma ‘questão legal’.
Um dos 19 presentes chegou a destacar, ainda de acordo com a ata, que: “a prefeitura não demonstra nenhum interesse quando se trata do trabalhador do transporte urbano”. Sendo seguido por Demétrio, que logo manifesta o desejo de ‘suspender os trabalhos’ para então conversar presencialmente com o representante da prefeitura, mostrando dessa forma sua ‘indignação e repúdio ao descaso que esta tem tratado a categoria.
Um dos argumentos do sindicato seriam as negociações passadas, que deixaram ‘traumas’ nos trabalhadores.
Diante das circunstâncias e já das ‘ameaças’ de paralisação, a primeira reunião foi suspensa e uma nova data deve ser definida a partir da confirmação da presença da prefeitura.
A reportagem procurou a prefeitura de Campo Grande e o presidente do sindicato, mas até a publicação desta matéria não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações a respeito do tema.
