Caso Moreninhas: enteada segura mão de padrasto no caixão e o agradece por ser especial

Foi com um depoimento forte e emocionado que uma jovem homenageou o padrasto, Antonio José Domingos, 42 anos, assassinato a tiros, nesta segunda-feira (3), em Campo Grande. 

A enteada postou uma foto em que segura a mão de Antônio no caixão. Pelo relato, o padrasto foi e pessoa mais especial do mundo. 

”Quem conhecia sabia o quanto ele era doce e amável. O tanto que ele fazia por nós”, exclamou a enteada. Ela também agradeceu o que ele fez pelos irmãos dela. 

”… tô tendo nem força mais. Com quem vou falar agora para me dar conselhos?”, questionou a jovem emocionada.  

Na despedida, a jovem também desabafou sobre a forma como o homem foi morto. 

”Por que tanta maldade no mundo? Nunca foi de brigar, nunca foi de desavença. Por causa de uma merda vem e acontece isso”. Ela compartilhou o cartaz de ”procura-se” feito pela polícia do principal suspeito do crime, Alessandro da Anunciação. 

Morte foi por dinheiro em rua da Moreninha IV (Foto: Itamar Buzzatta)

Discussão e morte

O assassinato aconteceu logo nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, na Rua Ribeira, pouco depois das 7h. Consta que Alessandro vinha cobrando Antônio há quatro meses por causa de uma dívida de um acidente de trânsito.

Na época, Antônio era casado e residia com a esposa. No entanto, os dois se separaram, ficando na residência apenas a ex-mulher. Há alguns dias, o suspeito teria telefonado para a mulher, perguntando sobre o Antônio, sendo informado que a vítima não morava mais no local.

Durante o domingo (2), Antônio dormiu na casa da ex-esposa e pela manhã de segunda-feira, o suspeito teria passado pelo endereço e viu o carro da vítima em frente à casa da mulher. Ele, então, teria retornado ao local na Honda Biz com uma barra de ferro. Antônio saiu da residência e os dois teriam começado a discutir.

O suspeito teria sacado a barra de ferro, porém, o objeto teria sido tomado pela vítima, que teria ido para cima do suspeito com o bastão. O Alessandro, então, teria sacado uma arma de fogo e disparado ao menos quatro vezes contra Antônio. Ele ainda teria tentado correr, mas o autor teria ido atrás e o executado.

 



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