Os clubes que integram a Liga Forte União (LFU) discutem nesta terça-feira, na sede do Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ), sobre a redução do percentual que irão negociar de seus direitos comerciais a investidores pelo período de 50 anos.
A ideia das equipes é que esse valor seja reduzido de 20% para 10% em negociçaão com um grupo de investidores capitaneado pela Life Capital Partners (LCP), que também possui participação da brasileira XP Investimentos e da norte-americana General Atlantic (GA).
Três situações
Segundo a Máquina do Esporte apurou, a ideia é abrir mão das parcelas que ainda seriam pagas às equipes da Série A, no mês que vem e em maio de 2025. Com isso, esses clubes ficariam apenas com 50% do valor que havia sido acordado. A redução também implicaria na diminuição da parcera da venda de seus direitos comerciais por 50 anos que no atual contrato é de 20% para 10%. Os clubes acreditam que, a longo prazo, ficariam menos competitivos se negociassem uma parcela maior de seus ganhos comerciais futuros.
Conforme a Máquina do Esporte noticiou com exclusividade, há um bloco de times, que disputou a Série B em 2023, que recebeu, até o momento cerca de 30% do valor que havia sido combinado. Estão nessa situação Atlético-GO, Criciúma e Juventude, que subiram para a Série A neste ano; Avaí, Ceará, Chapecoense, CRB, Sport Recife e Vila Nova, que se mantiveram na segunda divisão; e Londrina e Tombense, que caíram para a Série C.
Esses 11 times tinham contrato com a Brax Sports Assets, na época detentora dos direitos comerciais da Série B por cinco anos. O problema é que a empresa de marketing decidiu romper o acordo em 2024, embora o imbróglio ainda não tenha sido totalmente resolvido. Os clubes alegam que a CBF não formalizou o documento para apresentar à investidora. Isso teria limitado os ganhos desses times em relação ao contrato com a LCP.
Procurada para comentar a situação do antigo contrato com a Brax, a CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema.
Há ainda um bloco de equipes, todas de São Paulo, que passou a integrar a LFU mais recentemente. É o caso de Botafogo-SP, Ituano, Mirassol, Novorizontino e Ponte Preta, que fizeram adesão em abril. E o Corinthians, que entrou para o Forte União em julho. Esses times não venderam fatia alguma de seus direitos comerciais aos investidores.
O Corinthians apenas ganhou um adiantamento de R$ 150 milhões concedido pela XP, parceira da LFU, que será integralmente pago com o contrato de TV negociado pelo bloco. Esse adiantamento, chamado pela LFU de colchão, irá se tornar empréstimo caso o time caia para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro (atualmente o Corinthians está na 17ª posição e integra o Z4).