Com cisto de 25 cm, jovem teve cirurgia adiada por falta de ar-condicionado no Hospital Regional

Um cisto de 25 centímetros, uma cirurgia agendada e adiada às pressas e um hospital sem ar-condicionado, todas essas informações em menos de uma semana deixaram Tainara Almeida, 26 anos, assustada e frustrada ao mesmo tempo, em Campo Grande.

Tudo começou no dia 8 de novembro, quando a gerente de uma loja de acessórios no centro amanheceu com falta de ar, mas foi trabalhar normalmente. Com fortes dores, no dia seguinte a jovem procurou a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon para consulta e em um exame rápido notou a barriga grande e dura.

Orientada pela médica a realizar um exame particular para conseguir uma resposta mais rápida, ela procurou uma clínica e fez um ultrassom no dia 10.

“A médica ficou assustada com o tamanho do cisto, 25 centímetros, fiquei desesperada porque eu sentia minha barriga muito dura e crescendo, mas acabei não dando importância, achei que estava engordando”, explica.

Com exame em mãos, Tainara voltou à UPA e lá ficou internada por 3 dias até conseguir uma vaga no hospital Regional, na noite do dia 12.

“Tanto as enfermeiras da UPA, quanto as profissionais do hospital, me trataram com todo carinho e respeito”, afirma.

Já no hospital a jovem foi atendida pela médica do setor de obstetria e passou por exame de tomografia com contraste, exames de sangue, ultrassonografia e urina.

No dia 13 de novembro, a gerente foi informada  que o caso foi transferido para oncologia.

“A médica veio falar comigo, explicou que no outro dia seria feita minha cirurgia, falou sobre o jejum e mesmo com medo estava aliviada de saber que aquilo sairia de dentro de mim”, conta.

Na manhã do dia 14, Tainara foi preparada para sala de cirurgia e levada ao local, minutos depois a médica entrou informando que não seria possível fazer a cirurgia, pois a sala estava sem ar-condicionado e caso pingasse suor na paciente durante o procedimento, ela poderia pegar uma infecção.

“Foi naqueles dias de calor extremo que enfrentamos, fiquei decepcionada, me disseram para reclamar na ouvidoria para agilizar a colocação do ar na sala e os médicos disseram que já estavam ser ar-condicionado há 3 meses”, detalha.

A paciente pegou 20 dias de atestado, afastou pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e teve retorno agendado para o dia 27 de novembro. 

Ao chegar no hospital na data marcada, a gerente foi informada que em poucos dias a situação seria regularizada e que o hospital entraria em contato em uma semana.

“Deus os dias ninguém ligou, eu ligava, mas ninguém atendia, fui pessoalmente e disseram que as salas ainda estavam sem ar-condicionado e que fariam contato. Desde a descoberta e internação, já passou mais de um mês e sigo sem resposta”, desabafa.

Em resposta, o HR informou que o início da instalação do novo sistema de climatização no Centro Cirúrgico está programado para janeiro.

“A instituição reforça que a atual situação não impactou a realização de cirurgias de urgência, as quais continuam sendo conduzidas normalmente. É importante destacar que, por ser uma instituição pública, todas as aquisições, incluindo os equipamentos que compõem o novo sistema de climatização, seguem rigorosamente os trâmites legais estabelecidos pelos processos licitatórios”.



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