Um mês após viver o momento mais difícil da vida, Luiza Carolina de Arruda da Silva, 38 anos, ainda vive amedrontada por saber que o pedido de medida protetiva contra o ex Ariston Correa, 24 anos, ainda não é válido por ele estar foragido.
O homem agrediu, estuprou e tentou matar a companheira na noite do dia 24 de fevereiro, até a manhã do dia 25, durante uma crise de ciúmes, por conta do ex-marido e pai do filho dela.
A vítima foi torturada pelo companheiro que agora segue foragido.
Decepcionada, essa é a palavra da vítima, ao saber que o pedido de medida protetiva ainda segue invalido, já que o autor não foi encontrado.
“A polícia disse que minha medida ainda não está valendo, que segurança temos? Nenhuma. Infelizmente essa e a justiça do nosso Brasil, por isso muitas se tornam vítimas de feminicidio”, lamenta.
A diarista pede que o caso não entre no esquecimento e que ela vire mais uma estatistica de agressão ou até mesmo de feminicídio.
“Sei que a polícia não pode obrigar a família informar o paradeiro dele, mas eles sabem e isso está me deixando cada dia mais revoltada. Se não achar o agressor, a medida não é vaidada, o que é preciso acontecer? Eu morrer aí será só mais uma vítima do feminicidio”, desabafa.
Conforme a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), a vítima solicita a medida protetiva na delegacia e a solicitação é encaminhada para a terceira vara.
A medida protetiva é válida a partir do momento em que o autor é intimado pelo oficial de justiça. Caso ele não seja encontrado, é intimado de forma virtual.
A reportagem entrou em contato com a terceira vara para verificar o funcionamento da intimação digital e aguarda retorno.