Com forte presença no Sul do Brasil, Columbia mira crescimento no mercado de SP

Com um faturamento anual de US$ 35 bilhões (183,5 bilhões) registrado em 2023, a Columbia Sportswear hoje está presente em mais de 50 países.

Especializada em produtos para trilhas, montanhismo e esportes de inverno, a marca completa 86 anos em 2024. Nascida nos Estados Unidos, a Columbia iniciou sua expansão pelos países de clima mais frio, em especial a Europa. Na América do Sul, por enquanto, seus principais mercados são o Chile e a Argentina, por motivos óbvios (ambos contam com a Cordilheira dos Andes, criando o cenário ideal para os itens vendidos pela empresa).

Mas, nos últimos tempos, a Columbia resolveu voltar sua atenção para o Brasil. Começou em 2011, com seu e-commerce. A partir de 2018, ela passou a investir em suas lojas próprias.

Em entrevista à Máquina do Esporte, Ronald Radomysler, sócio-diretor da Drastosa, que detém a exclusividade na distribuição dos produtos da marca para o país, detalhou a estratégia de expansão escolhida pela gigante norte-americana.

Entrada via Região Sul

De um modo geral, quando uma grande marca ingressa no mercado brasileiro, ela opta pelas Regiões Metropolitanas de São Paulo, principalmente, ou do Rio de Janeiro, que concentram as maiores populações do país.

Mas nem sempre essa regra se aplica. No caso da Columbia, por exemplo, a entrada no mercado brasileiro se deu via Região Sul, com sua primeira loja própria sendo instalada no Park Shopping Barigui, em Curitiba (PR).

Na sequência, veio a unidade do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre. Apenas em 2019 a capital paulista ganharia uma loja própria da Columbia, funcionando no Shopping Morumbi.

“A Região Sul é mais fria e culturalmente mais voltada ao montanhismo e ao esporte ao ar livre”, explicou Radomysler.

Atualmente, a Columbia conta com sete lojas próprias no Brasil. Além das três citadas, as outras quatro estão nos seguintes locais: Diamond Mall, em Belo Horizonte (MG); Shopping Barra, no Rio de Janeiro (RJ); Beiramar Shopping, em Florianópolis (SC); e Shopping Higienópolis, em São Paulo. Isto sem contar dois outlets, no City Center, em Campo Largo (PR), e no Catarina Fashion, em São Roque (SP).

“Nossa expansão maior, a partir de agora, será em São Paulo”, disse o executivo. De acordo com ele, a marca tem optado por instalar suas lojas próprias em shoppings que funcionam em importantes metrópoles, por serem locais que recebem grande fluxo de consumidores.

“As lojas próprias cumprem a função de não apenas oferecer nossos produtos, mas também de apresentar ao público a marca como um todo e comunicar nossos objetivos e valores, com vendedores treinados e um visual próprio”, afirmou.

Já em cidades grandes médias e grandes do interior do país, a Columbia está presente em varejistas multimarcas. “Em geral, criamos espaços que são como uma loja dentro da loja”, explicou.

Além do inverno

Apesar de ser muito associada aos esportes de inverno, a Columbia também está preparada para dialogar com o público das regiões mais quentes do país.

“Estamos, por exemplo, no Shopping Barra, no Rio. E ali não faz frio”, disse Radomysler. Segundo ele, a linha de produtos de verão da Columbia, com proteção ultravioleta (UV) e tecidos de secagem rápida, tem ganhado grande aceitação nos locais onde as temperaturas são mais elevadas.

“Além das roupas, temos também as botas para trilhas no verão, sem contar a linha de pesca, segmento em que a Columbia é líder mundial”, disse o executivo.

Quem acompanha filmes e seriados que retratam o cotidiano dos Estados Unidos certamente já deve ter reparado em algum indo para a pescaria trajando um colete repleto de compartimentos para acondicionar anzóis, linhas e outras utilidades.

Esse produto foi desenvolvido pela Columbia em 1938 e se tornou um de seus maiores sucessos comerciais, sendo utilizado (e, quando não, imitado) em todo o mundo.

Ativações e experiências

A Columbia costuma realizar diversas ações de comunicação e marketing no mercado brasileiro, que incluem publicações e conteúdos voltados para as redes sociais.

Além disso, a marca tem buscado realizar iniciativas que dialoguem com a temática ambiental, já que os esportes ao ar livre (como trilhas e montanhismo) são praticados justamente na natureza.

“Nos últimos tempos, temos promovido trilhas guiadas, que são comunicadas pelas lojas próprias e costumam ocorrer em parques e áreas de proteção ambiental”, disse o executivo.

Os percursos escolhidos, em geral, são acessíveis ao público iniciante, de diferentes faixas etárias. “A ideia é conscientizar as pessoas sobre a importância de se preservar o meio ambiente. A adesão a esses eventos tem sido muito boa. As inscrições para os passeios se esgotam em menos de uma hora”, afirmou.

Radomysler disse enxergar um forte potencial de crescimento para a marca no Brasil porque, na sua visão, os esportes ao ar livre vêm ganhando força entre as novas gerações.

“Por mais que os jovens tenham uma forte relação com a tecnologia, eles também se preocupam com a saúde, a qualidade de vida e o meio ambiente. Noto que esse público busca ser menos consumista e valorizar mais as experiências”, afirmou.

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