Conectado a um coração artificial, criança de cinco anos espera há 83 dias por transplante

O pequeno Milán, de apenas cinco anos, está há 83 dias conectado a um coração artificial no Hospital Pediátrico Infantil Acosta Ñu, localizado em San Lorenzo, no Paraguai. Diagnosticado com cardiomiopatia, ele depende do aparelho de ação limitada porque, em outubro, entrou na fase terminal da doença.

O período que ele completou conectado à máquina já supera o máximo registrado no país e as expectativas dos médicos. A previsão era que ele teria apenas 15 dias de vida.

Segundo a mãe, Andrea Ovelar, houve quatro possibilidades de transplante, mas nenhuma foi possível devido à recusa dos familiares dos potenciais doadores. “Descobrimos quando tudo já tinha acontecido porque os médicos não queriam nos dar falsas esperanças”, afirma.

Andrea acrescenta que a criança sofre muito, começa a sentir medo de sua cura e a sentir dores por todo o corpo. Ela diz entender que não é uma situação fácil pela qual devem passar os familiares de pacientes com morte cerebral, mas lamenta que não haja consciência da importância da doação de órgãos para salvar vidas.

“Nos dói o pensamento das pessoas, que acreditam que carregarão seu familiar vazio se doarem seus órgãos. Queremos que as pessoas tenham consciência de que, ao doar, estão dando vida, que podem salvar muitas vidas”, revela.

Conforme o site La Nación, um dos maiores obstáculos na hora de encontrar um doador não é só a compatibilidade, mas sobretudo o peso, pois Milán pesa apenas 17 quilos, portanto o doador não deve pesar mais de 40 quilos. “Isso nos dói porque ele está sofrendo muito e nós sofremos com ele”, lamenta.



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