Conselheiros do Corinthians protocolam pedido de impeachment contra o presidente Augusto Melo

O Corinthians teve, nesta segunda-feira (26), mais um capítulo envolvendo a atual presidência do clube. Um grupo de 90 conselheiros, que se considera apartidário e conta com o ex-presidente do clube Mario Gobbi como um dos porta-vozes, protocolou um pedido de impeachment contra o atual presidente Augusto Melo.

O documento foi enviado para Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do clube, e é assinado por membros de diferentes alas políticas do Corinthians. Para justificar o pedido, os conselheiros se baseiam no próprio estatuto do clube, assim como na Lei Geral do Esporte e na Lei 9.613, de 1998, que, entre outras coisas, cita “pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares”.

Como já era esperado, o principal questionamento contra Augusto Melo é a intermediação do contrato de patrocínio com a plataforma de apostas VaideBet, que foi rompido no início de junho pela própria empresa. O documento cita declarações de Rubens Gomes, o Rubão, ex-diretor de futebol, e o depoimento de Alex Cassundé, sócio da empresa responsável pela intermediação do contrato, à Polícia Civil. Nele, Cassundé revelou como passou a ter o nome firmado no contrato para receber R$ 25 milhões até o fim de 2026.

“O movimento Reconstrução nada mais é do que uma ação apartidária, que reúne conselheiros independentes de diversos grupos que, sim, têm opiniões diferentes sobre vários temas, mas sabem que nesse momento é preciso deixar essas diferenças de lado e focar no bem maior, que é o Corinthians”, disse Mario Gobbi, que comandou o clube entre 2012 e 2015.

“O Corinthians está no limite. Não suporta mais todo esse desmando, toda essa confusão e falta de gestão. É preciso organizá-lo o quanto antes, seja para o clube parar de sangrar, seja para que nosso time dê a resposta no campo e saia dessa situação no Campeonato Brasileiro que aflige a todos nós [18ª colocação e dentro da zona de rebaixamento]”, completou.

Outro caso citado no documento ocorreu em Belo Horizonte (MG), no início de julho, quando Augusto Melo se desentendeu com um torcedor do Cruzeiro. O homem denunciou o dirigente na delegacia do Estádio do Mineirão.

“O cargo de presidente do Corinthians não dá o direito a quem quer que seja de fazer justiça com as próprias mãos, principalmente diante de insultos ou gozações”, afirma o documento.

Agora, Romeu Tuma Jr. tem cinco dias para encaminhar o requerimento para a Comissão de Ética do clube, para que o processo ande. Caso realmente vá adiante, Augusto Melo poderá se defender.

Vale destacar que o atual presidente só poderia ser destituído do cargo após uma votação em sessão extraordinária do plenário do Conselho Deliberativo do Corinthians. Além disso, mesmo com a aprovação do impeachment por parte dos conselheiros, a saída precisaria ser referendada pelos sócios do clube.

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