Consolidado no running, Fotop mira expansão internacional e quer elevar faturamento no trail run, ciclismo e triatlo em 2024

É praticamente consenso entre os adeptos do esporte que ter uma foto ou um vídeo praticando uma atividade física é gratificante e serve como lembrança de um momento bom. Foi com esse propósito, de fornecer imagens para atletas de diversas modalidades esportivas, que o Fotop foi fundado em 2015 e, atualmente, é a maior plataforma do segmento no país.

O conceito da empresa, entretanto, remonta a muito antes disso. O Fotop resultou da fusão de duas empresas, Webrun e Webventure, nascidas em meados de 1996. Foi após o ano 2000, contudo, que ocorreu o primeiro trabalho de fornecimento de imagens, no caso para o Rally dos Sertões. Posteriormente, a venda de fotos para atletas e competidores tornou-se uma consequência natural da consolidação no mercado.

Em uma entrevista exclusiva à Máquina do Esporte, o CEO do Fotop, André Chaco, detalhou o ecossistema e as tecnologias da plataforma, assim como a conexão entre fotografia e consumidores atletas, e os planos de expansão para o próximo ano.

Para começar, André explicou que a plataforma atende desde fotógrafos até empresas que desejam utilizar o sistema de vendas de imagens.

“Melhoramos o fluxo para fotógrafos que já possuem algum tipo de trabalho vendendo fotos. Isso não se aplica apenas a fotógrafos, mas também a empresas. Por exemplo, o parque aquático Wet’n Wild [em Itupeva, interior de São Paulo] utiliza nosso sistema de vendas de fotos, assim como a Neo Química Arena [do Corinthians] utiliza a mesma tecnologia para vender fotos aos seus consumidores finais”, explicou.

Para destacar um consumidor final em meio a uma multidão em uma arena, parque ou competição, o Fotop utiliza, desde 2016, um sistema de reconhecimento facial, facilitando a experiência para o consumidor final e tornando-se um argumento de venda para possíveis contratantes da tecnologia.

“Os ganhos de quem contrata a tecnologia aumentam por meio da eficiência de ferramentas como essa, de reconhecimento facial”, afirmou.

Avidez pela área esportiva

Embora o Fotop forneça sua tecnologia para fotógrafos profissionais de diversos segmentos, como fotógrafos de festas, imóveis, formaturas ou turismo, por exemplo, o DNA da empresa nasceu e continua firme na área esportiva. Prova disso é que a empresa continua lançando novos produtos para atletas. 

“Hoje, também realizamos a entrega de fotos via WhatsApp. Quando atletas que estão competindo cruzam a linha de chegada, pegam o celular e já têm uma foto no WhatsApp deles. Isso aconteceu na última semana, no Brasil Ride 2023”, detalhou Chaco.

Além das fotos, a empresa está testando o fornecimento de vídeos em alguns eventos. Tudo isso já está sendo pensado para o hábito do consumidor compartilhar nas redes sociais. Para isso, o produto é editado em formato vertical, adequado para Reels do Instagram e TikTok.

Running lidera faturamento, ao menos por enquanto

Sem divulgar números oficiais, André Chaco revelou à Máquina do Esporte que o running lidera o faturamento da empresa, mas que isso pode mudar em breve.

“As provas de running têm o maior faturamento geral por evento, mas isso está muito associado ao número de participantes. Então, em corridas com 20, 30, 40 mil pessoas, fica muito difícil para algum outro segmento competir”, explicou. 

“Temos o Rally Dakar, que é um caso muito à parte, pois é faturado em euro”, lembrou, ao citar que, atualmente, o Fotop é a empresa oficial de fotos do maior rali do mundo.

Mas quem pode desbancar uma modalidade com tantas edições e adeptos? Chaco respondeu.

“O trail run tem um consumo maior do que o running, então os atletas dessa modalidade, até por terem fotos normalmente mais chamativas e proporcionarem uma experiência diferente, compram mais. O triatlo e o ciclismo também têm uma taxa de compra por atleta superior ao running, e isso está relacionado ao poder aquisitivo dos atletas”, detalhou.

Como parte da estratégia de vários organizadores, o Fotop, que já possui operações no Equador, Colômbia, Itália, Irlanda, Portugal e Austrália, pretende iniciar uma “expansão ainda maior para o mercado internacional, incluindo mais alguns países da Europa e da América Latina”, finalizou o CEO.

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