Há seis meses fazendo curso técnico em farmácia e manipulação de medicamentos, em Campo Grande, Celina Gomes dos Santos, 41 anos, viu nos estudos oportunidade para se livrar da ansiedade, depressão, mas ainda enfrente uma dificuldade, a ingressão no mercado de trabalho.
Desde que se permitiu ter uma nova vida de conhecimento e estudo, no curso, Celina, conseguiu potencializar seus cinco anos de tratamento contra depressão, ansiedade e síndrome do pânico, os estudos foram uma fonte de energia para ela enxergar coisas melhores na vida.
Porém, diante de seis meses de dedicação em aprender, Celina destaca um ponto que ainda precisa melhorar, as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.
“O curso tem duração de um ano e seis meses, já estou indo para a segunda semestre e quando fui procurar estágios, não tem”, diz ela decepcionada.
A falta de vagas, vem seguida das poucas oportunidade disponíveis que barram a estudante novamente. “Quando surge uma vaga, já pedem gente com experiência, mas como vamos ter experiência se não nos dão a primeira oportunidade”, questiona Celina.
Apesar de gostar de mexer com manipulação, o pedido da estudante é que empresários foquem nos “novatos”, e os aceitem no mercado para desenvolverem suas habilidades e não fiquem à margem, mesmo com estudo e conhecimento.
“Não quero apenar fazer um curso, quero poder atuar na área que escolhi, gosto de manipular, me fez bem em vários aspectos, não quero que vaga seja um problema”, pontua.
Desde que iniciou o curso, Celina conseguiu fazer uma única entrevista e não deu certo por ser no mesmo período em que estuda.
“Esse não é um problema único, é de todos os estudantes da área, e pedimos um posicionamento do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) para termos essa oportunidade”, pede.
A reportagem entrou em contato com o Conselho Regional de Farmácia e aguarda retorno sobre as vagas de estágio.
