De Campo Grande, Jeciane é a 1ª mulher piloto do maior e melhor avião da FAB: 'o sonho'

De Campo Grande para onde o mapa de voo levar. Essa é a vida da capitão Jeciane, que entrou para a história da aviação brasileira ao ser a primeira mulher a pilotar o KC-390, considerado o maior e melhor avião de carga da Força Aérea Brasileira. 

A trajetória da campo-grandense foi contada em podcast da Força Aérea Brasileira, o FABCast, ainda em março deste ano. Na entrevista, Jeciane lembrou que entrou para a Academia da Força Aérea em 2012, se graduando em 2015. Ela descreveu que pilotou aeronaves como T 25 e T 27, além da TZ 23.   

Antes de conseguir o feito histórico, a capitão se aprimorou e foi para Natal (RN) onde pilotou o avião C-95 Bandeirante, depois integrou o Esquadrão de Transporte Aéreo Tracajá, em Belém (PA) e comandou o C-98 Caravan. 

Jeciane no comando do KC-930 (Foto: Reprodução FABCast)

A militar teve a felicidade de voltar a Campo Grande e integrar o Esquadrão Onça e pilotar o C-98 e o C-105 Amazonas. Depois foi para o Rio de Janeiro integrar o Esquadrão Gordo, pilotando o C-130 Hércules e por fim o KC-390. 

Parte da entrevista da campo-grandense foi na cabine do KC. Ela respondeu quais foram as missões mais importantes e citou um treinamento na Capital do MS, que era o de Combate à Incêndio em Voo. 

”Era uma instrução que eu queria muito e me aprimorei, foi um sonho realizado”, disse a capitão à entrevistadora militar. Outro momento marcante foi, enquanto piloto, do transporte de cadetes para a Serra do Cachimbo, no Pará, para curso de sobrevivência. 

”Porque eu também fiz esse curso”, comentou a campo-grandense. 

Jeciane diz que é preciso saber qual é o seu sonho (Foto: FABCast)

A capitão fez cursos e o simulador do Centro em São José dos Campos para ter base para fazer voos locais, diurnos e noturnos e está pronta para missões de transporte aerologístico de pessoas e cargas. Aliás, Jeciane pilotou até o Rio Grande do Sul, onde faz parte da Operação Taquari II por cauta das enchentes. 

Sonhos 

A militar respondeu que é uma grande felicidade ser piloto da Força Aérea. No entanto ponderou que também é uma responsabilidade, porque via outras mulheres pilotos e se espelhava nelas. 

”… também me ponho em responsabilidade de mostrar para as meninas que também é possível pilotar”, refletiu a capitão. 

 A militar lembra que teve muito apoio da família, inclusive tem um irmão que é do Exército Brasileiro e os dois se encontraram no RS. Ela sonha em fazer o lançamento dele de paraquedas. 

O segredo do sucesso, reflete Jeciane, é dar um passo de cada vez para não se desesperar. 

”Você precisa saber qual é o seu sonho e ter certeza dele e se perguntar: ‘está disposta a fazer isso?”, disse a piloto. 



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