Defesa diz que musico agiu em legítima defesa e foi encurralado antes de atirar em pedreiro

A defesa do músico Gideão Dias, emitiu uma nota esclarecendo o fato ocorrido nesta segunda-feira (15), em que ele efetuou 12 disparos de arma de fogo contra um pedreiro durante desentendimento por atraso de uma obra, no bairro Jardim Bonança, em Campo Grande. Segundo a nota, o músico foi encurralado em sua própria casa pelo pedreiro que trabalhava em uma obra de reforma.

De acordo com a família, o profissional arrastava a obra por mais tempo do que havia prometido e ao chegar na casa do músico solicitou mais dinheiro, sendo que o mesmo já havia recebido mais do que o valor cobrado, um montante de R$ 24 mil.

Ainda segundo a nota, ao receber a cobrança, Gideão, que estava trabalhando como auxiliar do pedreiro, o questionou, alegando atraso na entrega.

Ao ser interpelado, o profissional, que tem passagem na polícia, encurralou o músico em um dos quartos da residência, ameaçando-o com ferramentas da obra. Ao conseguir se desvencilhar dos ataques, Gideão, que tem porte de arma, conseguiu salvar sua vida e tirar o rapaz de dentro da sua casa, agindo em legítima defesa. O músico, que é réu primário, possui conduta ilibada e responderá por seus atos.

Prisão

O músico Gideão Correa Dias, de 41 anos, foi preso em flagrante, na tarde desta segunda-feira (15), após ameaçar e atirar diversas vezes contra a moto de um pedreiro contratado pelo artista. O caso aconteceu no bairro Jardim Bonança, em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, Gideão teria contratado o pedreiro, de 51 anos, para uma obra de reforma e ampliação na casa onde mora. O acerto do serviço teria sido realizado em outubro do ano passado, no entanto, após 10 meses, ainda não estaria pronta.

Insatisfeito com a demora do serviço, Gideão teria reclamado da demora e lentidão do andamento ao pedreiro. Conforme o construtor, a discussão teria se acalorado, partido para agressão e, temendo pelo pior, o pedreiro relata que teria dito que pegaria todas as ferramentas e iria embora da casa.

Assim que passou o portão e se aproximava da moto para ir embora, Gideão teria aparecido armado, conta o profissional. O músico então teria dito: “Devolve meu dinheiro. Você não vai embora”.

Em seguida, ele teria disparado 12 vezes contra o tanque de combustíveis da motocicleta, acertando cinco tiros no veículo. Assustado, o pedreiro correu para a esquina e acionou a polícia.

Aos policiais, Gideão, no entanto, deu outra versão. Segundo ele, o pedreiro havia sido contratado “de boca” para o serviço de reforma na casa por um valor acertado de R$ 21 mil. No entanto, a obra que deveria durar três meses já caminhava para o oitavo mês, com apenas 70% do serviço finalizado e R$ 24 mil gastos.

Gideão confessa que perdeu a paciência e resolveu chamar a atenção do pedreiro pelo atraso ainda dentro do imóvel. O homem, no entanto, não teria gostado de ser chamado a atenção, pegou uma enxada e um martelo e ameaçou agredir Gideão.

O músico, então, teria corrido para o quarto da casa e se trancou para esperar o pedreiro se acalmar. Ele, então, pegou uma pistola 9 mm. carregada com 17 munições e saiu.

O pedreiro, ao ver a arma de fogo, teria corrido para fora e tentado ir embora. Porém, como tinha questões pendentes a resolver com o pedreiro, decidiu não o deixar ir embora e fez 12 disparos no tanque da motocicleta, sendo que acertou 10, errou dois e sobraram cinco munições intactas.

O músico, no entanto, se apresentou aos policiais como CAC (Colecionadores de armas de fogo, Tiro Desportivo e Caça), entregando toda a documentação e autorização para possuir os armamentos.

Conforme a polícia, ambos foram encaminhados para a delegacia. Uma equipe da perícia técnica foi encaminhada ao local, recolhendo 12 capsulas de calibre 9 mm.



Fonte

VÍDEO
PUBLICIDADE
COLUNISTAS
PREVISÃO DO TEMPO
Campo Grande
19°C
32% 0% 4m/s 110deg
PUBLICIDADE​
APOIO
ÚLTIMAS