Detento morre em penitenciária antes de receber escolta a hospital em Campo Grande

José Roberto Cersósimo, de 60 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (12), na Penitenciária da Gameleira, em Campo Grande. Advogada de defesa, que preferiu não se identificar, alega que a morte do idoso é resultado de omissão por parte da penitenciária. 

Segundo a advogada, no dia 3 de junho, a assistente social da Gameleira II entrou em contato com ela, dizendo que José Roberto estava doente e que precisava de remédios. Imediatamente, a advogada comprou o medicamento e levou até a penitenciária. 

Três dias depois, em 6 de junho, o idoso teve piora no estado de saúde. Já nesta segunda-feira (10), a advogada chegou à penitenciária para atendimento jurídico e o cliente dela foi conduzido ao parlatório em uma cadeira de rodas.

Segundo ela, José estava descorado, não conseguia falar e não mantinha a cabeça firme. Assim, ela pediu à direção do presídio que encaminhasse o idoso para atendimento médico em uma unidade de pronto atendimento. Nas palavras dela, o responsável teria recusado o pedido, alegando que o homem estaria fingindo estar doente para sair da unidade e usar o celular. 

Novo pedido de atendimento, escrito com próprio punho, e cópia do prontuário do idoso foram encaminhados à direção para formalizar a solicitação. Conforme a defesa, a direção se recusou a receber o documento e, por isso, outra advogada assinou como testemunha da recusa.

Primeiro pedido para atendimento médico do paciente (Foto: Arquivo Pessoal)

Ainda na segunda-feira (10), a advogada pediu uma ordem judicial para José ser conduzido a uma unidade hospitalar e recebeu autorização do juiz. A ordem foi encaminhada à penitenciária, mas o idoso acabou morrendo antes de ser atendido. 

Questionada sobre a omissão e sobre o pedido de encaminhamento do detento a uma unidade de saúde, a Penitenciária Estadual da Gameleira emitiu uma nota, dizendo que: “a escolta desse interno estava agendada para manhã desta quarta-feira (12). Já estava na programação do COPE (Comando de Operações Penitenciárias) de fazer essa escolta até hospital.”

José estava preso por tráfico de drogas.



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