A falta de medicamentos continua sendo alvo de constantes reclamações em unidades de saúde em Campo Grande. Desta vez, o alvo é o CRS (Centro Regional de Saúde) no Coophavila II.
Recentemente, ao sentir fortes dores, a jovem Renata Monteiro Fernandes procurou a unidade de saúde e, ao realizar exames, foi diagnosticada com pneumonia.
Renata explica que o médico lhe receitou quatro medicações e um coletor para exame de urina. Dos quatro medicamentos, na unidade de saúde ela conseguiu apenas dois: a Azitromicina e o Paracetamol.
Já o Prednisona, o Dexclorfeniramina e o coletor de urina estão em falta na unidade de saúde, situação que deixou a jovem bastante revoltada.
“Tá um caos o posto de saúde do Coophavila, o único remédio que me deram foi o Azitromicina e o Paracetamol, o restante tem que comprar, até um simples coletor de urina está em falta”, disse a paciente.
Outra situação que deixou Renata indignada foi o fato de a médica não a deixar ter acesso ao raio-x e entregar um diagnóstico incompleto.
“A médica sequer me falou qual o tipo da minha pneumonia, se é viral ou bacteriana, apenas me receitou a medicação e me mandou embora para casa. Até a questionei se não era melhor me encaminhar para um hospital, mas a médica afirmou que não havia necessidade por considerar que tudo estava bem, situação que me deixou um pouco insegura”, disse a jovem.
Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o Dexclorfeniramina xarope está disponível em algumas unidades e há um processo de compra em andamento para abastecimento de toda rede. A formulação em comprimido está disponível em todas as unidades. O Prednisona 5mg está disponível e o de 20mg está aguardando entrega, mas também com algumas unidades abastecidas.
“Desta forma, a falta na USF Coophavilla foi pontual. Em relação ao coletor, também houve uma falta pontual. Atualmente, o município encontra-se com 86% do estoque de medicamentos abastecido. Dos 245 itens da Relação Municipal de Medicamentos (REMUME), 211 estão disponíveis em nossas unidades e no Almoxarifado. Outros 15 itens estão aguardando entrega e 20 em fase de compra. A previsão é de que nos próximos dias, ao menos 90% do nosso estoque esteja totalmente regularizado. Somente este ano, a Prefeitura de Campo Grande investiu aproximadamente R$ 8,4 milhões na compra de medicamentos para atendimento à população”, finaliza.
Quanto à reclamação sobre o atendimento médico, a recomendação do TopMídiaNews é que o paciente encaminhe o caso à Ouvidoria da Sesau para investigação individual.