Dona dos naming rights do Brasileirão, Betano quer seguir modelo NBA de ativação

Nova detentora dos naming rights do Campeonato Brasileiro, a Betano pretende utilizar esse patrocínio para ganhar uma visibilidade significativa no mercado brasileiro, recém-regulamentado pelo governo federal e com concorrência bastante acirrada.

Em entrevista à Máquina do Esporte antes do comunicado conjunto com a CBF, Tomasz Majewski, head de patrocínios da Betano global, conta como pretende ativar o patrocínio ao Brasileirão, fala sobre a parceria com o Atlético-MG e o fim do contrato com o Fluminense, diz que pretende seguir o modelo NBA de ativação, criando a Betano House, além de prêmios para o craque de cada jogo e premiações mensais para jogadores e goleiros.

Majewski também brincou com o fato de ser homônimo de um personagem famoso da Polônia, seu país natal. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

Máquina do Esporte: Quais os planos de patrocínio da Betano para o futebol brasileiro?

Tomasz Majewski: Nosso plano mais importante acaba de ser anunciado: seremos patrocinadores da Série A do Brasileirão com os naming rights. Então, esse é o nosso principal patrocínio e o ativo mais importante para este ano, que queremos ativar de várias maneiras. Estamos muito felizes por termos visibilidade em todos os estádios do futebol brasileiro, que é a fonte de tantos jogadores de classe mundial.

E, claro, temos o Atlético-MG [patrocínio máster e a Copa do Brasil [naming rights]. Fora do Brasil, teremos a Copa América [patrocínio], que terá visibilidade por aqui e será outra maneira de mostrar ao público a emoção do futebol.

MDE: Quais os ativos previstos no contrato do Brasileirão?

TM: Teremos visibilidade nos estádios com painéis publicitários de led, com tapete no gramado e estamos tentando encontrar também novas maneiras de expor nossas marcas a todos os torcedores do futebol brasileiro.

Assinamos uma parceria de longo prazo com a CBF. Não havia dúvida de que queríamos patrocinar o Brasileirão. Nossa relação foi muito profissional e amigável

Tomasz Majewski, head de patrocínios da Betano global

MDE: A Betano recentemente deixou o patrocínio máster do Fluminense, clube com o qual manteve parceria por dois anos e meio. Como foi o fim da relação?

TM: Foi uma despedida emocionante do Fluminense. Em nossa despedida, mostramos todo nosso sentimento de que não estamos mais trabalhando juntos. Esse acordo foi parte muito importante da nossa estratégia dos últimos anos.  Foi um momento muito triste.

MDE: Há planos de patrocinar outro time no Brasil, além do Atlético-MG?

TM: A Betano é uma empresa que respeita os contratos existentes. E, atualmente, todas as equipes do Brasileirão têm contratos de patrocínio [com casas de apostas]. Ah, estamos no momento e queremos ficar o maior tempo possível no Atlético-MG. Mas não há chance, no momento, de entrar em outro clube.

MDE: O contrato de naming rights do Brasileirão é válido por quantos anos?

TM: Assinamos uma parceria de longo prazo com a CBF. Não havia dúvida de que queríamos patrocinar o Brasileirão. Nossa relação com a CBF foi muito profissional e ao mesmo tempo amigável. Foi uma decisão muito fácil para nós e a conclusão desse contrato foi apoiada por todas as partes da empresa, tanto na Betano do Brasil como na global, com sede em Atenas [Grécia]. Estamos muito felizes de estar aqui e viemos para ficar.

MDE: A Máquina do Esporte já noticiou que o contrato é válido por três anos. O sr. confirma?

TM: Não quero divulgar detalhes do contrato, mas é uma parceria de longo prazo. Mais de dois anos.

CBF anuncia Betano como detentora dos naming rights do Brasileirão – Livia Villas Boas / Divulgação

MDE: Como a Betano pretende ativar esse patrocínio ao Brasileirão?

TM: Para nós, a chave do sucesso é estarmos muito próximos dos torcedores. Queremos oferecer experiências especiais para todas as pessoas que não têm a chance de ir ao estádio.

Também teremos ativações nos estádios e no digital, proporcionando experiências. Teremos áreas de diversão fora do estádio, onde poderemos criar experiências para integrar o público jovem e adulto e dar-lhes um pouco de diversão antes dos jogos.

Claro que não poderemos estar em todos os estádios. Então, há uma escolha de quais jogos vamos estar. O objetivo é estar pelo menos uma vez [em cada estádio], mas com a maior frequência possível para proporcionar experiências a todos os torcedores, de todas as regiões, e não focar apenas nas grandes cidades.

MDE: Quais outras ações que a Betano irá fazer?

TM: Teremos o troféu de craque da Betano, que será entregue ao melhor jogador da partida. Portanto, daremos a chance de o torcedor votar no melhor jogador. Depois, teremos o prêmio de jogador e de goleiro do mês.

Iremos criar a Betano House, com uma experiência imersiva parecida com o que a NBA faz, dando oportunidade de proporcionar experiências ao torcedor que não pode ir ao estádio.  Queremos estar próximos de todos o público brasileiro, não apenas dos torcedores do Atlético-MG.

“Iremos criar a Betano House, com uma experiência imersiva parecida com o que a NBA faz, dando oportunidade de proporcionar experiências ao torcedor que não pode ir ao estádio”

Tomasz Majewski, head de patrocínios da Betano global

MDE: A Betano estuda patrocinar outras modalidades no Brasil?

TM: Estamos constantemente em busca de oportunidades interessantes. Não somos apenas patrocinadores, mas uma empresa global com patrocínios nos mercados em que atuamos.

Para nós é muito importante o conceito que está por trás de uma parceria. Não desejamos apenas colocar nosso logotipo em um estádio ou na camisa de um time. Queremos entender tudo do entorno desse ativo e do titular dos direitos. Mas no momento, não temos planos concretos [para outras modalidades].

Sempre analisamos o que podemos fazer. Quais são os benefícios para nós e quais poderíamos dar a esse titular. Eu adoraria dizer sim a todos os patrocínios. Porém, temos que seguir a nossa estratégia. Mas isso não exclui outros esportes, que definitivamente podem entrar.

MDE: Quanto a Betano pretende investir em marketing esportivo no Brasil em 2024?

TM: Essa é uma boa questão. Mas isso é algo que não posso responder [risos].

MDE: Você tem o mesmo nome do bicampeão olímpico de arremesso do peso que entrevistei muitos anos atrás, nos Jogos de Pequim 2008. As pessoas te confundem?

TM: Isso ocorre com muita frequência quando alguém pesquisa meu nome no Google e encontra o nosso campeão olímpico. Infelizmente não sou eu [risos].

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