Educação é sempre tema de debate, especialmente quanto à grade curricular de ensino. Neste sentido, conteúdo ministrado em escola no bairro Pioneiros, em Campo Grande, virou alvo de polêmica nas redes sociais.
Luciana Rezende, de 39 anos, gravou vídeo, nesta quarta-feira (21), revoltada por descobrir o que as primas – duas crianças de 8 anos – estavam aprendendo na disciplina de artes
A professora teria passado uma atividade artística sobre a lenda do boto-cor-de-rosa. O trabalho consistia em uma pequena figura do boto feita de papel, realizada pelos estudantes, colocada em uma sacola de plástico transparente cheia de água.
“A minha irmã chegou com esse peixinho de papel à mão e me falou que a professora dela disse para elas [primas] que o peixinho virava humano, aí ia para a festa com meninas, pegava a menina, engravidava a menina, aí quando o bebê nascia, ele enrolava a menina e voltava para o oceano”, conta uma das irmãs.
As meninas, surpresas, contaram o ocorrido para a prima, que ficou revoltada. “Você já pensou a revolta que eu estou sentindo agora? Porque as meninas têm 8 anos. Aonde já se viu?”, diz ela, indignada.
A lenda do boto é de origem indígena e faz parte do folclore brasileiro. Ela surge na região amazônica, no Norte do país, e era utilizada, muitas vezes, para justificar uma gravidez fora do casamento, sendo costume dizer que “a criança é filho do boto” quando é filha de pai desconhecido.
A prima pretende buscar a escola atrás de um posicionamento, mas não quis revelar mais detalhes.
“Vou buscar a diretora dessa escola porque eu acho isso indignante para a família. Gente, onde já se viu uma história dessa para criança? Tem que tomar vergonha na cara uma professora dessa. De verdade, eu me revoltei mesmo. Essa história revoltante”, finaliza.
A reportagem não chegou a questionar as autoridades, pois não há indícios de irregularidades na polêmica.
