Jenifer Alves de Almeida, de 33 anos, vive um misto de revolta e despontamento após uma ver uma escola particular de Campo Grande, rejeitar uma vaga para sua filha de 6 anos, portadora Transtorno Espectro Autista (TEA).
Ela explica que desde o mês de outubro entrou em contato com a escola para matricular a criança e que no dia 28 de dezembro do ano passado, a escola entrou em contato via WhatsApp e também por e-mail informando que a vaga estava disponível.
Já no dia seguinte, Jenifer conta que foi na escola para efetivar a matrícula e teve uma surpresa desagradável. Após procurar a secretaria, ela foi encaminhada para conversar com a coordenadora pedagógica da escola, onde foi informada que não havia a matrícula para a criança.
“Quando a secretária viu que a Helena é autista e me perguntou “te falaram sobre a vaga para autista? Respondi que não… então ela perguntou: a senhora falou que ela era autista desde o início? Respondi, Sim,” então ela entrou com o laudo da Helena em mãos e chamou a coordenadora, a partir desse momento comecei a gravar, e na gravação está explícito que eles não têm cota para deficiente, pergunto sobre o e-mail de reserva que me mandaram ela desconversa.
Após os questionamentos, Jenifer foi encaminhada para conversar com a coordenadora pedagógica, que informou que não havia vaga para a criança, porque todas as salas foram preenchidas com o limite máximo permitido que é de 20 alunos.
A mãe da criança ficou mais revoltada ainda, quando a coordenadora disse que algumas salas tinham extrapolado o limite permitido.
“A escola abriu exceção para outros alunos, e só porque minha filha é autista, não abriu para ela”, disse a mãe da criança. A forma com que eles falam, a gente sente que existe certa discriminação por parte da escola.
Depois de muito custo e procura, Jenifer conseguiu matricular a filha em uma uma escola municipal.
“Estou desapontada e muito chateada com essa escola, que é particular, que se diz inclusiva e fazer algo dessa forma. Só Deus e nós pais de crianças autistas sabemos o quanto é difícil conseguir uma vaga em escolas para eles”, concluiu a mulher.
Reportagem entrou em contato com a escola e pediu um posicionamento sobre o caso e aguarda resposta.