Espetáculo teatral inclusivo para surdos emociona e marca o aniversário de 4 anos da Central de Intérprete de Libras em Três Lagoas


“Não há palavras para descrever o que aconteceu aqui!” Esta foi a expressão da secretária Municipal de Assistência Social, Vera Helena Arsioli Pinho, após a apresentação da peça teatral “Tecendo Saudade”, no último domingo (23).

Realizado no espaço Cineteatro Acapela, o espetáculo sensorial foi apresentado pela Companhia Concordância Visceral em comemoração aos 4 anos de criação da Central de Interpretes de Libras (CIL) e, pela primeira vez na história de Mato Grosso do Sul e de Três Lagoas, a comunidade surda teve a oportunidade de assistir uma peça teatral adaptada para si.

O evento foi exclusivo para as pessoas surdas usuárias da CIL e conforme a coordenadora Flávia Amorim, foi um momento único e inesquecível. “A grande recompensa foi olhar os olhos de cada um e ver o quanto estavam felizes com a oportunidade de vivenciar uma apresentação artística adaptada para eles. Sem contar que a história é um drama, o que causa maior emoção”, menciona.

Para a secretária Vera Helena, o evento foi “emocionante para quem faz e para quem recebe. Entregar esta ocasião para os nossos surdos serviu para refletirmos o quanto podemos avançar em trabalhos e projetos de inclusão dentro e fora da CIL. Quero parabenizar a turma da Cia Concordância Visceral pelo primoroso talento e pela sensibilidade desse trabalho”.

A diretora e atriz Déia Fernandes destaca que em 27 anos de atuação, esta foi a mais emocionante. “Não só para mim, mas para todos nós da companhia. Eles viveram junto com a gente cada momento da história, compreenderam a mensagem e se guiaram tanto pela intérprete como pela atuação.

Por fim, o usuário da CIL, Jackson Michel transmitiu em libras sua emoção, agradecendo à toda equipe da CIL pela dedicação nestes 4 anos com as pessoas surdas do Município e “por este evento que ficará marcado para sempre na minha vida. Estou ansioso pelos próximos espetáculos”.

TECENDO SAUDADE
A peça narra a simplicidade do amor nordestino entre Don’Ana (Déia Fernandes) e Seu Quincas (Erick Vitor), em um singelo tear com fortes cores da poesia de cordel e texturas de Luiz Gonzaga, manuseadas por um jovem casal. Desse tecido surgem sofrimento e tragédias que provam: quando há amor, nada é capaz de desfazê-lo. A história foi transmitida em libras pela intérprete Karen Oliveira.



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