Família quer reabertura de investigação de mãe e filho encontrados mortos há 7 anos (vídeo)

Após quase 8 anos da morte da médica Valquíria Feitosa Patrício Gomes, de 31 anos, e do filho dela, João Roberto Santos Gomes, de 2 anos e 8 meses, à época do falecimento, a família ainda tem dúvidas sobre as causas da morte e pede uma melhor apuração do caso pela polícia.

A Polícia Civil arquivou o caso após concluir ter se tratado de suicídio, porém a mãe, Seila Feitosa, discorda da decisão. Ela afirma que há contradições no processo de investigação.

“Ela nunca teve tendência suicida, nunca verbalizou. Ela não tem perfil, por isso não acredito na hipótese de suicídio”, afirma.

Não concordando com a hipótese sugerida pela polícia, a família pede a reabertura do inquérito. Eles temem que o caso possa se tratar de um feminicídio,

“Eu estudei o inquérito. Eu li e achei várias contradições, então eu não me convenci do fato de suicídio. Tem muitas perguntas não respondidas”, relata.

Ela também conta que diversas testemunhas importantes para melhor investigação da ocorrência não foram ouvidas. Seila questiona o porquê dessas pessoas não terem prestado depoimento.

Conforme a advogada da família, Eleudi Leal, o pedido de reabertura do inquérito policial foi realizado e aceito. Agora, no entanto, é necessário um posicionamento do Ministério Público quanto ao andamento do processo.

“Pedíamos a reabertura e o caso está reaberto, conforme foi relatado pelo delegado. Agora depende muito do Ministério Público, e do promotor de Justiça responsável. O dono da ação penal é o Ministério Publico, então cabe ao MP o oferecimento da denúncia”, destacou.

Relembre o caso

Valquíria e o filho foram encontrados mortos na noite do dia 10 de dezembro de 2016 em um quarto na casa onde moravam, no bairro Itanhangá Park, em Campo Grande. Os dois morreram abraçados.

Os dois teriam sido encontrados desacordados. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) teria sido acionado, porém, não foi possível salvá-los.

Um fogareiro a carvão teria sido encontrado no quarto, que estaria com a porta trancada, conforme informações da época. A suspeita policial é que mãe e filho tenham morrido por asfixia.

Ainda segundo informações policiais, Valquíria sofria de depressão. A perícia foi feita no local e corpos das vítimas foram encaminhados ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde foram submetidos a exame necroscópico para atestar a causa da morte.