O meia Lucas Paquetá, de 26 anos, do West Ham, teve o banimento do futebol pedido pela federação inglesa, a FA. A informação foi publicada pelo jornal The Sun, que afirma ter tido acesso às acusações feitas pela entidade.
Paquetá é acusado de participação em episódios de manipulação de apostas ao receber deliberadamente o cartão amarelo em quatro partidas da Premier League. O brasileiro, convocado para a seleção brasileira para a disputa da Copa América nos EUA, afirma ser inocente.
Em casos do passado, se comprovada a culpa, houve punições severas. Kynan Isaac foi suspenso por dez anos ao apostar que receberia um cartão amarelho em jogo eliminatório da FA Cupa em 2021.
Já o zagueiro Bradkey Wood, do Lincoln City, foi punido em seis anos por receber um cartão amarelo em duas partidas em outro esquema de apostas da Copa da Inglaterra em 2018.
Acusação grave
Para a FA, porém, as supostas ofensas de Paquetá são ainda mais graves. O jogador teria recebido a admoestação do árbitro nos jogos contra Leicester, em 2022; e Aston Villa , Leeds United e Bournemouth, no ano passado.
Segundo estimativa, cerca de 60 pessoas fizeram apostas nos cartões de Paquetá, cujos valores variaram de R$ 47 a R$ 2.700. Os ganhos combinados chegaram a pouco mais de R$ 670 mil.
Uma ironia do destino é que a primeira empresa de apostas a ligar o sinal de alerta para as apostas suspeitas foi a Betway, justamente a patrocinadora máster do West Ham, time de Paquetá.
A série de pequenas apostas foi feita na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, justamente onde o jogador brasileiro passou a infância. A investigação da FA já inviabilizou a transferência de Paquetá ao milionário Manchester City, atual campeão inglês. Os advogados do meia argumentam que as evidências contra ele só apenas circunstanciais.
A investigação da FA começou em meados do ano passado, quando uma empresa de integridade de apostas alertou a federação inglesa sobre o número incomum de apostas em Paquetá vindas de Paquetá.
