A fumaça que encobriu e praticamente escondeu Campo Grande no final da tarde desta quarta-feira (2), faz parte do conjunto de incêndios que atingem o país, mas principalmente a situação devastadora que atinge a Bolívia, país fronteiriço com Mato Grosso do Sul.
Mais cedo, o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) havia divulgado imagem de satélite que permitia notar a trajetória da fumaça partindo do país boliviano e ingressando no estado sul-mato-grossense por Corumbá. No final da manhã, a situação estava começando a ficar delicada com a tomada intensa da fumaça.
Porém, foi no final da tarde que a fumaça “caiu” ainda mais e escondeu praticamente a cidade no entardecer. Prédios não eram mais vistos a longa distância, a visibilidade nas ruas estava prejudicada e motoristas já começavam a redobrar a atenção. No entanto, muito, além disso, a condição do ar e a respiração ficou extremamente insustentável.
Veja a imagem do satélite ainda pela manhã da fumaça vindo da Bolívia:
No início dessa semana, o Governo da Bolívia decretou “desastre nacional” devido aos inúmeros incêndios florestais que atingem, com maior intensidade, a cidade de Santa Cruz de La Sierra. Conforme o presidente boliviano, Luis Arce, a medida foi tomada pela “magnitude do impacto dos danos causados pela presença de incêndios no território nacional”.
De acordo com jornais bolivianos, Santa Cruz de La Sierra já viu 7,2 milhões de hectares serem devastados pelo fogo até a contagem nessa nova semana. Para muitos, essa situação é classificada como o “maior desastre ambiental” que abriga 27% da população boliviana.
O decreto visa facilitar o direcionamento de ajuda internacional e de recursos do governo federal para que governos locais tomem medidas para combater o avanço das queimadas e prestar socorro aos atingidos.