Futebol mundial movimenta € 10,96 bilhões nas janelas de transferências de 2024

O início recente da temporada europeia marcou também o encerramento das janelas de transferências nos países mais relevantes para o futebol mundial. Um relatório do Observatório de Futebol do Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIEE) apontou que 2024 apresentou uma queda nos gastos.

No ano passado, a soma das taxas de transferências comprometidas em todo o mundo atingiu € 12,24 bilhões. Em 2024, os gastos foram de € 10,96 bilhões, ou seja, uma queda de 10%.

Considerando-se apenas as transferências nacionais no período considerado (de 2015 a 2024), porém, o valor de 2024 representa um novo recorde, de € 3,64 bilhões. Antes, o maior número havia sido registrado em 2017 (€ 3,55 bilhões).

Os clubes das cinco principais ligas da Europa (Premier League, LaLiga, Bundesliga, Serie A e Ligue 1) seguiram sendo responsáveis pela maior parte das movimentações do mercado de transferências.

Em 2024, o “Big 5” está ligado a 62,5% do valor investido em transferências no futebol mundial. A parcela representa uma queda na representatividade das cinco principais ligas, já que a média dos últimos dez anos é de 69,4%.

A queda pode estar relacionada com a ascensão da Liga Saudita, que tem realizado a compra de grandes jogadores, e a situação da Espanha, que passa por dificuldades financeiras.

De 2015 a 2024, a Premier League, da Inglaterra, domina os investimentos em transferências, com € 23,02 bilhões comprometidos, o que corresponde a 28,1% do total.

O Top 5 ainda conta com Serie A (€ 10,84 bilhões), LaLiga (€ 7,94 bilhões), Ligue 1 (€ 7,44 bilhões) e Bundesliga (€ 7,17 bilhões).

O futebol inglês se destaca até mesmo com sua segunda divisão. A Championship foi a sexta competição com mais gastos nos últimos dez anos (€ 2,55 bilhões), ficando à frente inclusive do Brasileirão (€ 1,46 bilhão).

A Liga Saudita, apesar dos massivos investimentos recentes, é a sétima colocada. Competição fora da Europa mais bem colocada, a Saudi Pro League comprometeu € 2,09 bilhões em transferências entre 2015 e 2024.

O Brasileirão ocupa a 12ª colocação no ranking de gastos, mas se posiciona como um país exportador de jogadores. Nesse quesito, a primeira divisão nacional apresenta um saldo positivo de € 1,47 bilhão, atrás apenas da Primeira Liga (Portugal), Championship (Inglaterra) e Eredivisie (Holanda).

A Premier League, por sua vez, é a maior importadora de jogadores do mundo. A liga inglesa tem um saldo negativo de € 11,54 bilhões nos últimos dez anos. A Liga Saudita segue a tendência, mas permanece distante, com € 1,81 bilhão negativos.

Entre os clubes, o Chelsea, da Premier League, se destaca com o maior gasto acumulado nas últimas 10 temporadas. De 2015 a 2024, a equipe inglesa comprometeu € 2,78 bilhões em transferências, 42% a mais do que os times que completam o Top 3.

O Manchester City, atual campeão da Champions League, gastou € 1,96 bilhão. Manchester United (€ 1,95 bilhão), Paris Saint-Germain (€ 1,90 bilhão) e Juventus (€ 1,77 bilhão) completam o Top 5. Não há nenhum clube brasileiro entre os 20 primeiros, enquanto metade deles disputa a Premier League.

O maior saldo negativo é do Manchester United, que gastou € 1,304 bilhão a mais do que lucrou com transferências. O Chelsea vem logo atrás, com € 1,209 bilhão negativo. 

O Benfica, um dos clubes responsáveis pela posição da Primeira Liga como a competição com maior lucro com transferências nos últimos dez anos, é o clube com maior saldo positivo, de € 816 milhões.

Na lista dos clubes com maior saldo positivo, o Athletico-PR aparece no 16º lugar, com um lucro de € 200 milhões. O Palmeiras é o 18º, com € 194 milhões, e o Fluminense é o 20º, com € 186 milhões. Os três são os únicos times brasileiros no Top 20 desse quesito.

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