Hospital diz que grávida morta tinha saúde frágil em Corumbá: 'família criticava gravidez'

Santa Casa de Corumbá se manifestou previamente, na tarde desta quarta-feira (26), sobre a morte da gestante Idileuza da Silva, 32 anos, ocorrida em 21 de junho, em Corumbá. Foi dito que a saúde da vítima fatal era debilitada e que a própria família condenava a gestação. Parentes dela acusam descaso do hospital. 

A fala é do presidente da Junta Interventora do hospital, Milton Carlos de Melo, conhecido como ”Miltinho”. Ele destacou que a direção-técnica é que iria se manifestar detalhadamente sobre o assunto, possivelmente nesta quarta-feira. 

”A coisa era bem complicada”, destacou Miltinho. 

O hospital é alvo de investigação do Ministério Público Estadual, a partir de denúncia do deputado federal Geraldo Resende. A unidade de saúde não possui UTI Neonatal e já foi palco de dezenas de acusações de mortes de mães e bebês. O alto índice de óbitos é atribuído à falta da instalação dos bebês com problemas de saúde. 

Idileuza foi diagnosticada com infecção urinária (Foto: redes sociais)

Revolta 

Uma mulher que se identificou no Facebook como irmã de Idileuza pediu para que internautas compartilhassem uma postagem sobre o caso. Ela disse que tenta fazer com que a denúncia chegue ao programa Fantástico, da TV Globo. 

”Pode ter certeza que isso não vai ficar assim… pode passar anos, mas não vai demorar muito porque Deus é maior”, desabafou a familiar. Outros parentes e amigos também acusam a unidade de saúde. 

O caso 

Segundo o De Paula News, Idileuza Silva deu entrada na maternidade na tarde de 12 de junho. Ela foi internada duas horas depois e consultada pela médica plantonista. A família diz que a vítima foi diagnosticada com infecção urinária. 

Ainda segundo o perfil, nos oito dias de internação Idileuza teve perda de líquidos e hemorragias. Ela foi assistida por quatro médicos, disseram familiares, e um deles observou que teria de retirar o bebê. 

O quadro de saúde de Silva se agravava pouco a pouco até que a cesariana foi feita. Horas depois, a paciente foi levada para outra cirurgia, que segundo testemunhas era para conter uma hemorragia. 

O perfil destacou que a família se revoltou com o óbito, registrado às 19h20 do dia 21 de junho. Eles questionam o porquê da gestante não ser transferida para unidade com mais recursos e a morte mesmo diante de tantos médicos. 

”Por que deixaram ela morrer”, questionam amigos e familiares. 

Óbito 

Conforme registro em foto do relatório de óbito, a morte foi causada por ”choque hemorrágico cardiogênico refratário” que foi causado por uma ”histerectomia de urgência” e ”atonia uterina”. 



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