LFU tem nova reunião para decidir redução de venda de direitos comerciais a investidores

Os times da Liga Forte União (LFU) realizam, na próxima segunda-feira ( 23), nova reunião, na sede da Alvares & Marsal (A&M), em São Paulo, para oficializar a redução da venda do percentual sobre os direitos comerciais dos clubes do bloco pelos próximos 50 anos.

A ideia é que essa fatia seja reduzida de 20% para 10% para um grupo de investidores capitaneado pela Life Capital Partners (LCP), que também conta com a participação da brasileira XP Investimentos e da norte-americana General Atlantic (GA).

Na terça-feira passada (10), a proposta foi discutida em uma reunião de 8 horas de duração, na sede do Fluminense, no Rio de Janeiro. Apesar do encontro interminável, não houve um consenso sobre o que fazer.

Heterogêneos

As equipes vinculadas ao Forte União estão em situação heterogênea. Há clubes da Série A do Brasileirão que já receberam da LCP fatia superior a 50% do total acordado. Por isso, teriam que devolver um montante à investidora para poder reduzir a participação dessa em seus direitos comerciais, que incluem patrocínios e direitos de mídia.

Há um grupo de 11 clubes, que disputou a Série B em 2023, que ainda estão amarrados a um contrato com a Brax, que rescindiu acordo com a CBF de negociação dos direitos comerciais do Brasileirão.

Para que esse contrato perca a validade, é necessário a chancela da confederação, o que ainda não foi feito, de acordo com clubes ouvidos pela Máquina do Esporte. A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobr o assunto.

Estão nessa situação Atlético-GO, Criciúma e Juventude, que subiram para a Série A em 2024, Avaí, Ceará, Chapecoense, CRB, Sport Recife e Vila Nova, que permanecem na segunda divisão, e Londrina e Tombense, que caíram para a Série C neste ano.

Segundo a Máquina do Esporte apurou, há uma verba de R$ 208 milhões que seriam pagos a esses times, que permanece retida na LCP enquanto não é resolvida essa indefinição no contrato dos clubes com CBF e Brax.

Quem já recebeu mais de 50% do valor do contrato também pode optar por manter um percentual maior do que 10% da LCP no negócio. A expectativa, aliás, é que haja diferentes contratos com cada clube.

Paulistas fora

Há quem, por outro lado, não tenha negociado nenhum percentual de seu negócio com a investidora. É o caso de Botafogo-SP, Mirassol, Novorizontino e Ponte Preta, que aderiram à LFU em abril. A maioria desses times deixaram a Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O clube de Ribeirão Preto, por outro lado, era um dos poucos independentes, que não havia aderiao a lado algum dessa disputa.

Outro time que está fora do acordo com a LCP é o Corinthians, que também não negociou percentual algum de seus direitos comerciais ao aderir ao Forte União, em julho. Para assinar com a LFU, o Corinthians recebeu um adiantamento de R$ 150 milhões, chamado de “colchão” pelo Forte União.

Esse valor será descontado ano a ano do Corinthians dos ganhos com o contrato de TV a partir do montante que a LiveMode, parceira da LFU na negociação desses direitos, conseguir arrecadar.

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