O primeiro dia de aula da rede municipal em Campo Grande surpreendeu alguns pais de alunos do 5º anos, da Escola Municipal Wilson Taveira, Rosalino, no Aero Rancho.
Ao deixarem os filhos na escola na manhã desta quinta-feira (15), os pais descobriram que as crianças de 9 anos foram isoladas da escola, estudando em um anexo alugado da antiga associação de alcoólicos anônimos que existe ao lado.
Bastante surpresa e sem esconder a indignação, a advogada Lilian Kelly Fernandes de Queiroz, questionou a direção sobre o motivo da isolação dos alunos e mínima segurança dada a eles no espaço.
“Disseram que a escola não tem espaço para comportar todos os alunos então alugaram aquelas salas da associação para fazer anexo, e com a revolta de outros pais disseram apenas que deveríamos fazer uma reclamação na ouvidoria”, disse a advogada.
A mãe questionou o motivo da escola não fazer a sala dos professores ou direção da escola no completo e colocar adultos no espaço ao invés de crianças, mas não obteve uma resposta sobre isso.
“Moramos no Aero Rancho onde a violência existe, tem briga, morte e tantas outras coisas, as salas isoladas, muro baixo, e atrás do anexo o espaço abandonado, se alguém pula o muro e faz mal as nossas crianças, o que eles vão fazer? Não estão garantindo a segurança dos alunos, aponta.
Conforme imagem enviada pela mãe do espaço, apesar de ter banheiros na área separada e um portão que dá acesso à escola, a mãe não encontrou bebedouro perto e reforça que a distância, caso uma criança grite e precise de ajuda, pode não ser ouvida.
“Disseram que em outros anos as crianças estudaram ali, mas não queremos nossos filhos isolados, queremos que coloquem os adultos ali, sala dos professores, ou qualquer outra sala e dê segurança as nossas crianças”, pede.
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) alegou que “há mais de 20 anos ocupa as salas para alocar os alunos da unidade”.
“As salas têm ar condicionado [SIC], mobiliários novos, forro e são limpas todos os dias. No local não há nenhum registro de furto, roubo ou invasão. A SEMED ressalta ainda o reforço que a Prefeitura de Campo Grande fez no efetivo da Guarda Civil Metropolitana e as rondas nas unidades escolares”, finaliza.
