Mais de 14 anos se passaram e mãe ainda não tem respostas sobre o corpo de Eliza Samudio

Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, 14 anos após a morte da filha, usou as redes sociais para dizer quem ainda busca respostas sobre o paradeiro do corpo da filha. Eliza foi assassinada, na época com 25 anos, em um crime orquestrado pelo goleiro Bruno, namorado da vítima na época, na região metropolitana de Belo Horizonte, em julho de 2010. O corpo de Eliza nunca foi encontrado. 

Na publicação, feita na manhã desta terça-feira (11), Sônia questiona o tamanho ódio contra uma pessoa, se referindo a morte da filha, que é considerado um dos casos mais emblemáticos da história do Brasil.

“Já são 14 anos, hoje dois dias a menos em minha vida. O processo de luto é doloroso e longo, sigo eu e o Bruninho, correndo atrás dos sonhos de vocês”, disse a mãe de Eliza em publicação. 

Na mesma publicação, respondendo a uma pergunta feita nos cometários, na qual Sônia é questionada sobre a relação do neto, Bruno Samudio, de 14 anos, com o pai, o goleiro Bruno, ela diz que o neto não tem nenhum tipo de contato com o pai. 

Sônia traz na publicação sobre a realização de metas e sonhos que Eliza teria sobre o filho e sobre o orgulho que ela sentiria vendo o filho conquistando tanto.

“Cada dia que passa seu filho vem conseguindo se aproximar desse sonho, com determinação, coragem, foco. Como se parece com você, quando traça metas para sua vida, você com certeza está orgulhosa do seu filho” 

Bruninho Samudio assinou contrato como goleiro do Athletico-PR no dia 22 de fevereiro deste ano, dia em que Eliza Samudio, completaria 39 anos se estivesse viva. 

Junto da avó, Sônia Moura, os dois deixaram Campo Grande–MS para viverem o sonho do adolescente em ser goleiro profissional, na capital paranaense.

Finalizando o texto da publicação, a mãe de Eliza encerra dizendo sobre a saudade da filha.

“Seguimos aqui, com saudades. Continue olhando e abençoando seu filho”, finaliza Sônia. 

 

Caso Eliza Samudio

Segundo informações do Portal R7, há 14 anos, Eliza Samudio foi assassinada na região metropolitana de Belo Horizonte. Apesar de seu corpo nunca ter sido encontrado, essa é a data que consta na certidão de óbito da ex-modelo.

O enredo criminoso envolvendo o goleiro Bruno Fernandes e sua ex-amante começou no dia 4 de junho. Foi nesse dia, segundo o Ministério Público de Minas Gerais, que Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”, e o primo do jogador Jorge Luiz Rosa, na época menor de idade, buscaram Eliza e o filho dela em um flat no Rio de Janeiro. Logo depois, levaram os dois para a casa do então goleiro do Flamengo e, no dia seguinte, todos viajaram para Minas Gerais. No dia 6 de junho, eles foram levados para o sítio de Bruno em Esmeraldas, na Grande BH.

Conforme o inquérito do caso, Eliza e o bebê foram retirados do local quatro dias depois pelos primos do goleiro, sob a promessa que seriam levados para um apartamento próprio. Horas depois, os dois retornaram ao sítio sozinhos.

A partir desse ponto, o enredo ganha desdobramentos cruéis. Em depoimento, Rosa revelou que Eliza foi estrangulada e esquartejada na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, também na região metropolitana da capital mineira. Parte do corpo, segundo ele, foi jogada aos cães.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu informações de que Bruno teria matado a ex-amante e enterrado o corpo em Esmeraldas. Policiais estiveram no local e viram Dayanne Rodrigues, até então esposa do goleiro, com um bebê no colo. Ela foi levada à delegacia e, no dia 25 daquele mês, foi presa por sequestro de Bruninho.

No dia 9 de julho, Bruno e Macarrão foram presos no Rio de Janeiro e levados para Belo Horizonte. Durante as investigações, marcas de sangue de Eliza foram encontradas no carro do atleta, mas, até hoje, o corpo não foi localizado.

Goleiro Bruno 

Em março de 2013, Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio. Em 2017, a Justiça reduziu a pena dele para 20 anos e 9 meses de detenção, após o crime de ocultação de cadáver prescrever. Em 2019, o esportista recebeu autorização judicial para ir ao regime semiaberto e deixou a prisão.

 



Fonte

VÍDEO
PUBLICIDADE
COLUNISTAS
PREVISÃO DO TEMPO
Campo Grande
23°C
43% 0% 3m/s 80deg
PUBLICIDADE​
APOIO
ÚLTIMAS