Mano explica por que é contra Diniz na seleção e aponta problema que trabalho pode gerar no Fluminense: 'É bastante complexo'

Ex-técnico da seleção brasileira, Mano Menezes é o convidado desta semana do Bola da Vez, programa que vai ao ar neste sábado (19), às 22h (Brasília), pela ESPN no Star+.

Sem trabalho desde que deixou o Internacional, há um mês, o experiente treinador teve uma passagem pela seleção de pouco mais de dois anos, entre 2010 e 2012, quando optou por deixar o Corinthians e se dedicar 100% à equipe nacional, algo que não foi repetido na atualidade.

Com a bagagem de quem trabalhou na CBF, Mano mostrou-se contrário à decisão de Fernando Diniz, escolhido para assumir o Brasil, mas sem deixar o emprego no Fluminense, clube em que ele ainda segue sob contrato. O plano do presidente Ednaldo Rodrigues é ter Diniz até junho de 2024, quando o italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, fica livre para assumir a seleção.

Na visão de Mano, essa não é a melhor saída.

“Eu não acho que não deva ser o Diniz o escolhido para dirigir a seleção, e também não acharia isso de nenhum outro técnico. Acho que ele tem todo o direito de ser escolhido. Fez um trabalho, mostrou as convicções dele no trabalho dele, foi escolhido para estar lá”, falou o treinador, durante participação no programa apresentado por André Plihal e que teve os comentaristas Mauro Naves e Gustavo Zupak na bancada.

“Quando eu me referi ao fato [de que era contrário à ideia], eu estava dizendo sobre o fato de vender a ideia que temos um treinador interino [Diniz], que vamos ter um outro treinador daqui um ano [Ancelotti] e esse treinador interino estar num outro clube. Para mim, esse contexto que é um contexto complicado”, continuou Mano, que apontou problemas que podem aparecer até no dia a dia do Fluminense.

“E penso que é complicado até para o próprio Diniz. Porque agora ele vai fazer convocações, e ele vai fazer convocações de outros jogadores que jogam na mesma posição dos jogadores que ele dirige no Fluminense. E talvez isso às vezes não é bem aceito pelo seu jogador, porque você sempre acha que você é melhor. E daqui a duas semanas você volta para dirigir os mesmos jogadores”, explicou Mano, que lembrou situações que precisou superar na sua época de CBF.

“A gente já tinha passado por isso no ano passado, de treinador fazer parte. Eu até convenci o presidente Ricardo Teixeira a mudar essa situação nas seleções de base. Os técnicos eram convocados e depois voltavam para os clubes. Porque eu entendia que tinha muito envolvimento dessas coisas na convocação e que a gente deveria deixar uma transparência maior. Então, isso tudo é bastante complexo”, completou.

Fernando Diniz fez sua primeira convocação na sexta-feira (18) para os primeiros dois jogos das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, contra Bolívia e Peru, nos dias 8 e 12 de setembro. A grande ausência foi Lucas Paquetá, meia do West Ham que está sob investigação pelo envolvimento em um caso de aposta.

Fonte

VÍDEO
PUBLICIDADE
COLUNISTAS
PREVISÃO DO TEMPO
Campo Grande
18°C
77% 0% 3m/s 240deg
PUBLICIDADE​
APOIO
ÚLTIMAS