Marcelo Iunes vira réu por comprar votos em Corumbá; TRE-MS viu indícios

Tribunal Regional Eleitoral tornou o prefeito de Corumbá, Marcelo Aguilar Iunes, réu por compra de votos na eleição municipal de 2020, em Corumbá. Se ele for condenado poderá ficar oito anos inelegível. 

A sessão que tratou do tema ocorreu de forma virtual nesta terça-feira (18). O relator da ação foi o juiz eleitoral José Eduardo Chemin Cury que explicou que a ocasião seria somente para analisar se havia indícios mínimos de cometimento de crime por parte dos denunciados. 

”… verifico que a acusação atende os requisitos, descrevendo de forma pormenorizada as circunstâncias que os crimes teriam sido praticados, identificando cada autor e individualizando as respectivas condutas”, anotou Cury. 

José Eduardo, em sua análise, detalhou que os réus não trouxeram ao processo nenhum elemento que pudesse gerar rejeição da acusação. Artigos 299 e 350 do código eleitoral 

O processo vai correr no TRE-MS em razão de Iunes ser prefeito de Corumbá. Votaram pela aceitação da denúncia, além do relator, os juízes Sandra Regina da Silva Ribeiro, Vitor Luis de Oliveira Lima, Carlos Alberto Almeida de Oliveira Filho e juiz Ricardo Damasceno. 

O magistrado Vitor Luis de Oliveira observou que o processo tem elementos substanciais de materialildade como menções de pagamento em dinheiro e interceptações dos envolvidos. 

Juízes votaram para receber denúncia contra Iunes (Foto: Reprodução TRE-MS)

Votos 

A Procuradoria Regional Eleitoral apontou que Iunes teria cometido compra de votos por 24 vezes e sete vezes falsidade ideológica. 

Ainda segundo o Diário Corumbaense, Iunes comandou compra de votos com dinheiro, cesta básica, remédios e oferecia consultas médicas ou exames em laboratório da família dele, que tinha convênio com o Município. 

O servidor comissionado Marconi Souza Junior e a então servidora técnica da Saúde, Mariluce Gonçalves Leão também se tornaram réus.  

Iunes disse ao Diário Corumbaense que está tranquilo com o resultado. 

”Vamos mostrar na defesa que não cometemos crime eleitoral, que nem como candidato a vereador comprávamos votos, iríamos comprar pra prefeito?”, resumiu.

O espaço está aberto para manifestação dos demais citados. 
 



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