Motociclista atropelado por servidor fez 5 cirurgias e segue em estado gravíssimo

João Paulo Alves, 43 anos, atropelado pelo ex-servidor público, Guilherme de Souza Pimentel, 30 anos, no sábado (9), já realizou cinco cirurgias e está em coma, na Santa Casa de Campo Grande.

Segundo a família, o estado é gravíssimo e os médicos aguardam que a vítima tenha reações para a realização de novas cirurgias.

“O marido da minha tia nem sabe que ela morreu no acidente, o estado dele é muito delicado, ele já passou por cinco cirurgias, retirou o baço, teve hemorragia pulmonar e os médicos devem operar a perna dele que ficou destroçada”, diz Luana Maidana, 27 anos, sobrinha de Belquis Maidana, 51 anos, passageira da Biz atropelada e morta por Guilherme.

Em pedaços com a perda da familiar e com outro hospitalizado, Luana destaca o sofrimento da família que pede justiça, já que o ex-servidor foi solto mediante a fiança de R$ 66 mil.

“Minha família cobra do Estado a justiça, minha tia foi assassinada, não foi um acidente. A partir do momento que a pessoa pega em um volante embriagado, ela assume o risco de matar. Não tivemos nenhum tipo de assistência do rapaz ou do Estado, quem arcou com os gastos do velório e sepultamento foi o patrão por solidariedade. Agora o Estado ganha R$ 66 mil e deixa ele livre para matar outra pessoa”, desabafa a jovem em entrevista ao TopMídiaNews.

No dia do acidente, Belquis estava a caminho do serviço, onde faria hora extra. Segundo a sobrinha, a tia estava empolgada para construir a varanda da casa nova.

“”Ela comprou a casa com o marido a quase 1 ano, eles juntaram dinheiro, estavam pagando as parcelas do imóvel e ela estava fazendo hora extra no serviço para conseguir dinheiro e construir a varanda”, lembra a sobrinha.

Dor ao velar a vítima de caixão fechado

Luana ainda destaca o sofrimento da família em ter que se despedir de Belquis de caixão fechado.

“Minha tia foi velada com caixão fechado, na Pax eles têm produtos para reconstrução e nada foi suficiente, ela estava toda destroçada, sequer pudemos ver o rosto dela, foi levada com uma foto em cima do caixão”, desabafa Luana.

 O acidente

Belquis era passageira da Honda Biz que foi atingida na manhã de sábado (9) pelo veículo oficial do governo, modelo Toyota Etios, dirigido por Guilherme. O acidente aconteceu no cruzamento entre a Rua Antônio Maria Coelho com a Bahia, na região central da Capital.

Conforme o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, o motorista aguardou no local, mas se recusou a realizar o teste do bafômetro. No entanto, o autor aparentava embriaguez. 

Guilherme passou por audiência de custódia no domingo e teve liberdade provisória mediante a pagamento de R$ 66 mil.

Nesta segunda-feira, o governo estadual exonerou o servidor comissionado e publicou nota lamentando o ocorrido.

“O governo de Mato Grosso do Sul se solidariza com a família da vítima deste trágico acidente, e comunica que irá apurar o uso do veículo e tomará as devidas providências com o servidor em questão, sempre se pautando pelo estrito cumprimento da lei”.

 



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