Mudanças na temperatura aumentam casos de rinotraqueíte em gatos

Com a chegada das temperaturas mais baixas, a saúde de parte da população tende a sofrer com as ‘ites’ e com os animais também não é diferente. A rinotraqueíte, também chamada de ‘gripe dos felinos’ é uma doença viral que causa sintomas parecidos com da gripe em humanos, tais como espirros, coriza e falta de apetite. Ela é causada pelo vírus herpesvírus felino ou calicivirus felino, e acomete principalmente animais com imunidade baixa, mal nutridos ou que já possuem doença pré-existente.

É uma doença altamente contagiosa que afeta principalmente o trato respiratório superior dos gatos. A transmissão ocorre principalmente por contato direto com secreções nasais, salivares e oculares de gatos infectados, além de objetos contaminados, como tigelas e brinquedos.

Segundo Edvaldo Sales, veterinário-chefe da Subea, o diagnóstico é geralmente baseado nos sinais clínicos e no histórico do animal. Em alguns casos, testes laboratoriais são necessários. “O tratamento é principalmente sintomático, com antivirais. Mas é muito importante observar e manter a hidratação e alimentação dos animais, para que eles consigam uma resposta mais rápida. Antibióticos podem ser prescritos para prevenir ou tratar infecções secundárias”.

Os gatos Freddie, Baunilha, Café e Jacob foram atendidos pela equipe da Subea com sinais clínicos de rinotraqueíte. O tutor, Beto Araújo, que acolhe animais em sua residência, disse que eles começaram a apresentar os sinais e por isso trouxe para consulta. “Tenho outros animais em casa, e para preservar os outros deixei eles separados e trouxe assim que pude”.

Sales destaca que o prognóstico para gatos que recebem tratamento adequado é geralmente bom, e com manejo e prevenção adequados, a maioria dos gatos pode se recuperar totalmente da doença. “Apesar de ser uma doença de fácil contágio, dificilmente o quadro de saúde do animal se agrava, ao ponto de precisar de uma internação”.

Como prevenção, o veterinário ressalta a importância da vacina polivalente, além do tutor procurar um médico veterinário aos primeiros sintomas do animal. “A vacina para os felinos é um pouco mais cara que a dos cães, por exemplo. Mas para tutores que possuem mais de um animal em um mesmo ambiente, é muito importante para evitar uma proliferação da doença”. Atualmente a Subea estuda formas para disponibilizar essa vacina, principalmente para protetores de animais, de forma gratuita.

Consultas – A Prefeitura de Campo Grande, através da Subea, disponibiliza as segundas, terças, quintas e sextas-feiras, consultas veterinárias gratuitas para cães e gatos da população. São distribuídas 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30, e 15 senhas pela tarde, a partir das 13h. O tutor deve ir até a unidade de atendimento com o seu animal, além de documento com foto, comprovante de residência e o número do NIS atualizado.

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