Na esperança de transplante de rim, Kethelen planeja deixar Coxim por mais chances de saúde

Kethelen Nayara Almeida Barbosa, de 24 anos, está organizando uma vaquinha online para se aproximar do sonho de transplante de rim. A jovem foi diagnosticada com problemas renais ainda bebê e, desde então, sofre com a doença.

Residente no bairro Piracema, em Coxim, cidade a 253 quilômetros de Campo Grande, Kethelen passa por tratamentos de hemodiálise quase diariamente, desde os 17 anos. Por isso, busca arrecadar R$ 20 mil para custear uma cirurgia em Santa Catarina.

A jovem, que mora com os avós, relata que, devido à doença, sente cada vez mais debilitada e que quase morreu. “Quando eu era menor eu vivia internada na antiga Santa Casa em Coxim. Com 17 anos comecei o tratamento de Hemodiálise no Hospital Regional Alvoro Fontoura. Já tenho 7 anos de hemodiálise. Tive muito problemas entre várias cirurgia e três paradas cardíacas. Em uma delas, fiquei 15 minutos com coração parado. Os médicos tinham desenganado a minha família”, explica.

Além da doença, Kethelen precisou lidar com a insegurança causada pelas cicatrizes resultantes das constantes idas ao hospital. Segundo ela, isso a deixava insegura e afetava seu psicológico.

“Eu sempre tive receio das minhas cicatrizes, vergonha do que o pessoal pensa de mim. Hoje, com muita alegria, venci meu medo psicológico. Agora, quero poder realizar meu sonho e ter um rim para ter uma vida normal e poder continuar ao lado daqueles que sempre me apoiaram”, revela.

Conforme explica, por morar em uma cidade pequena, a família não possui muitos recursos para realizar o transplante e demais tratamentos por fora. Assim, surgiu a ideia de realizar a arrecadação para que a jovem possa se mudar para Santa Catarina. O estado tem mais recursos para o transplante, realizando cerca de 60 cirurgias do tipo por mês, segundo Kethelen. Isso não significa, no entanto, que ela deve furar a fila de espera de doação de órgãos.

“Fui orientada a pesquisar e vou para Joinville. Já tenho onde ficar lá, mas os custos do procedimento são altos, por isso, lancei a vaquinha e espero contar com a ajuda dos amigos de Coxim, para que na próxima vez que eu aparecer eu possa já estar transplantada”, disse ao site MS Norte, animada com a possibilidade de ser transplantada mais cedo.

Esta é a esperança da jovem, para conseguir vencer quanto antes a doença. De acordo com ela, cada dia que passa, o corpo vai enfraquecendo, a ponto de romper recentemente o tendão de um dos joelhos.

Kethelen está na fila de transplantes do SUS (Sistema Único de Saúde), porém a disponibilidade de procedimentos é limitada e a demanda de pacientes é alta, deixando-a sem previsão para a operação. Enquanto a cirurgia não sai, lhe resta apenas continuar a realizar hemodiálise.

“É uma luta diária, são quatro horas de hemodiálise por dia, já há sete anos. Pouco a pouco meus ossos estão enfraquecendo. Conto encarecidamente com sua ajuda para poder realizar meu sonho!”, solicita.

As doações podem ser feitas diretamente pelo PIX (CPF: 05767242119) ou pelo site https://www.vakinha.com.br/4475565.

Como funciona o transplante

A decisão para se fazer um transplante é baseada nas circunstâncias específicas dos indivíduos. O processo é composto por uma série de etapas que visam garantir a segurança e transparência do sistema.

Para receber um órgão, o potencial receptor deve estar inscrito em uma lista de espera, respeitando-se a ordem de inscrição. A lista é única por estado ou por região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes e por órgãos de controle federais, impossibilitando que uma pessoa conste em mais de uma lista, ou que a ordem legal não seja obedecida.

Quando existe um doador em potencial, o hospital notifica a Central de Transplantes sobre o potencial doador. Inicia-se os testes de compatibilidade entre o potencial doador e os potenciais receptores em lista de espera.

Quando existe mais de um receptor compatível, a decisão de quem receberá o órgão passa por critérios tais como tempo de espera e urgência do procedimento. Para o transplante renal utiliza-se de critérios imunológicos (HLA).

A Central de Transplantes, por meio de um sistema informatizado, gera uma lista de potenciais receptores para o órgão e comunica ao hospital (equipe de transplante) onde o paciente é atendido. A equipe de transplante, com a Central, adotam as medidas necessárias para viabilizar a retirada do órgão (meio de transporte, cirurgiões, pessoal de apoio, etc.). Os órgãos são retirados e o transplante é realizado.



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