'Não sei mais o que fazer': Mãe luta para reencontrar o filho levado pelo pai em Campo Grande

Convivendo com a ausência do seu filho, de 1 ano e 11 meses, há pelo menos dois meses em Campo Grande, Erika Guimarães de Alcântara, de 22 anos, encontra muitas dificuldades para reverter a situação da guarda compartilhada e ter dias de paz ao lado da criança que foi ‘levada’ pelo pai, identificado como Hyan Salin Rodrigues.

A jovem é filha de Francielle Guimarães Alcântara, morta brutalmente pelo marido Adailton Freixeira da Silva no final de janeiro do ano passado, após passar um mês sendo torturada no Portal Caiobá. Após ter que conviver com a perda da mãe, Erika encara sua segunda batalha difícil na vida.

Durante a conversa com o TopMídiaNews, a jovem se emocionou em diversas oportunidades e relatou que a situação envolvendo seu filho e o pai dele começou justamente no Dia dos Pais, quando ele decidiu que iria levar o bebê para sua casa.

Mas o enredo da história é acrescido pela situação de que, quando Hyan apareceu na casa de Erika, ela estava conhecendo um rapaz, o que ocasionou ciúmes no pai da criança, que chegou a gravar o desenrolar da situação e que teve a presença da Polícia Militar. Mesmo contra a vontade, Erika cedeu e deixou que o filho passasse a data especial com o pai com a condição que ele voltasse no dia seguinte.

Contudo, a jovem recebeu uma notícia que a pegou de surpresa, pois o rapaz avisou que pegou recesso no serviço e queria passar mais dias ao lado do filho. No entanto, Erika frisou para a reportagem que Hyan não era tão presente, chegando a registrar o bebê quando ele já tinha cinco meses de vida e que costumava visitar o filho a cada 15 dias.

A reportagem apurou também que um advogado já havia relatado que guarda compartilhada, a residência da criança é com a mãe e que o pai, nestes casos, não pode levar e não devolver.

Documentação e ajuda da PM

Sem ter contato com o pai da criança desde então, Erika buscou ajuda de advogados, defensoria e até registrou algumas ocorrências na Polícia Civil, que renderam mandados de busca e apreensão.

Bloqueada em todas as redes sociais e também nos aplicativos de mensagens, restou visitar alguns endereços que ele havia repassada e que constavam em seu cadastro pessoal. Mas ao chegar no primeiro endereço, com auxílio da Polícia Militar, mais uma surpresa: a casa era da ex-madrasta do rapaz. Nos demais endereços, nada foi localizado e uma das casas estava totalmente escura, o que impossibilitou de ser verificada pelos militares.

“Eu fico pedindo para Deus que o meu filho volte. Eu não entendo porque ele está fazendo isso, já não sei mais o que fazer. Ele me bloqueou há uma semana”, disse a jovem com a voz embargada.

Erika fez dois registros de ocorrência, um apenas constando que o pai levou a criança, enquanto o outro se tratava de sequestro. Ainda para a reportagem, a jovem afirmou que seguirá batalhando para ter a companhia do filho novamente e superar essa dificuldade, pouco mais de um ano depois de perder a sua mãe.

A única esperança agora é que a jovem consiga localizar o pai do seu filho no seu serviço e para isso novamente deve pedir ajuda da polícia. Ela enfatiza que apenas deseja ver o filho para saber se ele está bem, se está saudável e se alimentando adequadamente, mas que nem isso o pai está facilitando.

O TopMídiaNews ressalta que o espaço está aberto para que Hyan se pronuncie sobre o caso e dê a sua versão dos fatos.

Caso Franciele

Francielle foi morta no dia 25 de janeiro de 2022. Ela passou o mês inteiro sendo torturada pelo seu marido Adailton e toda a situação aconteceu na frente dos filhos. A mulher foi encontrada com vários ferimentos pelo corpo, perfurações, pancadas na cabeça, ferimentos nas nádegas.

O feminicida está atualmente preso e segue respondendo pelo processo de feminicídio.



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