Nem decisão judicial ajuda mãe a tratar paralisia cerebral do filho em Campo Grande

Vanessa Ferreira e João Marcos Ribeiro estão em uma luta intensa e buscando soluções para continuar com o tratamento do pequeno João Marcos Ribeiro II, diagnosticado com paralisia cerebral, mas sem condições financeiras para arcar com os valores e nem com a decisão judicial, o plano de saúde da Hapvida Assistência Médica, cobriu os valores, fazendo com que o tratamento esteja interrompido neste momento em Campo Grande.

A mãe do menino entrou em contato com a reportagem explicando o caso e lembrou que após o filho nascer, ele teve hipertensão na artéria pulmonar, onde precisou ficar internado por 27 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Após se recuperar desse obstáculo, eles voltaram para casa e aos cinco meses de vida, João apresentou um novo diagnóstico.

Ele passou a apresentar espasmos, a família buscou tratamento e ao passar por uma ressonância, o choque: diagnóstico de paralisia cerebral. O médico que havia atendido a criança, deliberou que era necessário continuar com o tratamento e passou o ‘Método Treini’.

O que é o ‘Método Treini’? É um conjunto de técnicas e práticas de reabilitação para crianças e adolescentes com disfunções neuromotoras comprovadas cientificamente. Vanessa pontuou que o filho tem que fazer de segunda a sexta o tratamento, mas que ele custa R$ 13 mil por mês e o plano de saúde não cobriu.

O laudo médico também explica que João Marcos necessita de intenso tratamento multidisciplinar para seu desenvolvimento neuromotor e que nesse mesmo documento, há um trecho em que diz que “a diminuição ou suspensão dos tratamentos podem acarretar em atrasos no desenvolvimento e piora de sequelas neurológicas”.

A recomendação para o tratamento também incluía cuidados por parte da pediatria, neuropediatria, neurooftamologista, fisiatra, fonoterapia, fisioterapia motora e terapia ocupacional.

“Meu filho está desde dezembro sem o tratamento, ele vai atrofiando. O desespero está muito grande, meu filho necessita desse tratamento”, contou a mãe da criança.

Vanessa também entrou com um pedido na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, Associação das Pioneiras Sociais, mas para o tratamento, ela precisaria se mudar para Brasília e existe outro empecilho: a consulta está agendada apenas para o dia 3 de maio deste ano, o que manteria o tratamento paralisado.

“Fiz a inscrição, que é totalmente pelo SUS, que é tanto eficaz quanto esse [Método Treini], mas eu teria que ir embora para Brasília e se eu não conseguir resolver, a consulta é só em maio. Como eu vou esperar até maio?”, finalizou.

O que diz a empresa?

Procurada pela reportagem do TopMídiaNews, por meio de uma nota, a Hapvida Assistência Médica explicou que trabalha para garantir o melhor atendimento aos beneficiários e esclarece que respeita o Poder Judiciário, e “tem, acima de tudo, o compromisso com a vida”.

Contudo, sobre o caso em específico, a empresa informou que está em contato com a família, porém, não é possível informar detalhes do andamento da situação.

“No entanto, como o caso em questão se encontra em segredo de justiça, não poderá dar maiores detalhes. A companhia reforça que está em contato com a família para acolhê-la e prestar quaisquer esclarecimentos necessários”.

 

 



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