Quinze dias após a reportagem procurar a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) para acompanhar o caso de uma paciente que corre risco de vida e precisa de uma cirurgia de hérnia com urgência, não houve celeridade no processo e Lucélia de Jesus Luciano da Silva, 41 anos, ainda enfrenta o medo da morte, em Campo Grande.
Há 2 meses sem andar já por conta do problema de saúde, a dona de casa passa pela pior fase da hérnia abdominal desde 2020. Desencadeando outros problemas, a complicação gera riscos mais graves como também a paralisia dos órgãos.
Entre tantas idas e vindas ao hospital e a negação pela cirurgia, Lucélia ouviu de médicos que só seria operada em leito de morte.
Há duas semanas, a reportagem entrou em contato com a Sesau sobre o caso da paciente, e foi informada que a mesma encontra-se inserida na fila de regulação do município, aguardando disponibilidade de vaga no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) para realização do procedimento.
Mesmo assim, Lucélia realizou na sexta-feira (1°), novos exames que ficam prontos em 18 dias, mas sem previsão de retorno com o médico.
“Não tem previsão de retorno, infelizmente, mesmo com nova tomografia, ninguém faz nada, não sei mais o que fazer, corro risco de vida e tenho dois filhos pequenos para criar”, desabafa.
Sobre o caso, a Sesau ainda diz que o tempo de espera varia de acordo com a gravidade (urgência) do caso e da oferta disponível.
“A Sesau está em contato com o hospital para tentar dar mais celeridade no processo. Recentemente o município aderiu ao programa Mais Saúde Menos Fila, do Governo do Estado, que possibilitará dar mais agilidade no atendimento de centenas de pacientes que aguardam por exames e cirurgias eletivas.”, responde.