O anúncio de Boric foi bem recebido pelos familiares e amigos dos desaparecidos.

“Tínhamos a ilusão de que eles estavam vivos, mas ao longo dos anos percebemos que não estavam”, disse Juana Andreani, vítima de abusos e detida durante o governo Pinochet, à Reuters.

“Mas, pelo menos, que nos contem o que aconteceu com eles, o que fizeram com eles. Não saber é o pior destes últimos 50 anos”, acrescentou.

Carlos González, que também foi detido e torturado nesse período, considera inédito que o destino dos desaparecidos não seja conhecido.

“Obviamente há uma responsabilidade do alto comando das Forças Armadas e dos ‘velhos’; o que eles fizeram com os cadáveres”, disse ele à Reuters.

“Não é possível que não saibamos o que aconteceu com cerca de mil chilenos. Não é possível”, acrescentou.