Os negócios por trás das finais da NBA entre Boston Celtics e Dallas Mavericks

A temporada 2023/2024 da NBA terá suas finais sendo disputadas a partir desta sexta-feira (6), com Boston Celtics e Dallas Mavericks se enfrentando pela primeira vez em uma série de melhor de sete jogos.

O Boston Celtics pode se tornar o maior campeão da NBA caso supere o Dallas. Sem vencer a liga desde 2007/2008, a franquia possui 17 títulos e está empatada com o Los Angeles Lakers no topo da lista.

O Dallas Mavericks, por outro lado, vai em busca do segundo título de sua história. A equipe conquistou a liga apenas em 2010/2011, quando contou com o destaque do alemão Dirk Nowitzki.

A temporada 2023/2024 da NBA contou com o número recorde de até 49 patrocinadores, que incluem empresas dos mais variados ramos e origens.

Entre seus principais parceiros, destacam-se Pespsico, Nike, Tissot, Microsoft e 2k Sports, empresa que produz a mais famosa série de jogos de videogame da liga, o NBA 2K.

As novidades para esta temporada foram as chegadas de Fanatics, Foot Locker, Hisense, Sotheby’s, Peloton, Skimse e Michelob Ultra (como parte da expansão da parceria com a AB InBev).

Assim como em toda competição, os preços dos ingressos para as finais da NBA explodem. No caso da liga norte-americana de basquete, existem diversos fatores que influenciam na variação do valor dos bilhetes.

Entre os sete jogos, existem alguns em que o título certamente não será definido, caso das partidas 1 a 3. Por isso, a tendência é que o valor dos ingressos seja menor para esses duelos. Não à toa, a entrada mais barata entre todos os jogos das finais é para o jogo 1, que tem bilhetes custando R$ 4.232.

A localização dentro das arenas também é um fator importante na variação de preços. Cadeiras localizadas na beira da quadra, por exemplo, possuem valores que alcançam as centenas de milhares. Considerando os quatro primeiros jogos, que têm suas disputas garantidas, o ingresso mais caro custa R$ 538.208,54.

Entre todos os jogos da série, o ingresso mais caro é para o jogo 7, custando R$ 672.394,51. Apesar da sétima partida não ter garantia de realização, já que as finais podem terminar já no quatro confronto, o último duelo da série necessariamente definirá o campeão.

As finais serão disputadas em duas arenas. O TD Garden, do Boston Celtics, receberá de dois a quatro jogos, enquanto o American Airlines Center, casa do Dallas Mavericks, será sede de duas ou três partidas.

O TD Garden, em Boston, Massachusetts, tem capacidade para receber 19.156 torcedores e é a maior arena multiuso da região de New England. Por ano, mais de 3,5 milhões de visitantes passam pelo estádio.

O American Airline Center, localizado em Dallas, no Texas, tem a capacidade um pouco maior, de 20 mil pessoas para jogos de basquete. A arena também recebe partidas do Dallas Star, equipe da liga norte-americana de hóquei no gelo (NHL).

O Dallas Mavericks pertence a Miriam Adelson, médica e bilionária israelense-americana apontada pela revista Forbes como a oitava mulher mais rica do mundo em 2024. Proprietária da empresa de cassinos Las Vegas Sands, herdada de seu marido em 2021, a empresária comprou a equipe em 2023, por US$ 3,5 bilhões.

De acordo com a Forbes, o Dallas Mavericks possui um valor de mercado de US$ 4,5 bilhões, o que o tornou a sétima franquia mais valiosa da NBA em 2023. Na temporada atual, a franquia possui o patrocínio do Chime, empresa de tecnologia financeira, em sua camisa.

A equipe encerrou o último ano com uma receita de US$ 429 milhões, um crescimento de aproximadamente 18% em comparação com 2022. Seu lucro operacional, porém, seguiu um caminho contrário e foi de US$ 143 milhões (2022) para US$ 83 milhões (2023).

O principal nome entre os jogadores dos Mavericks é Luka Doncic, ala-armador eslovêno, de 25 anos. Em 2023, o atleta recebeu um salário de U$ 40,1 milhões, enquanto faturou US$ 15 milhões em patrocínios. Entre seus acordos, se destaca a parceria com a Jordan, marca da Nike com que assina uma linha de tênis.

O Boston Celtics, uma das franquias mais tradicionais da liga, pertence a Wyc Grousbeck, empresário norte-americano que é dono da franquia desde 2002, quando a adquiriu por US$ 360 milhões.

A equipe encerrou 2023 como a quarta franquia mais valiosa da NBA, com um valor de mercado de US$ 4,7 bilhões, receita de US$ 443 milhões e lucro operacional de U$ 88 milhões, de acordo com dados da Forbes. Em comparação com 2022, a equipe teve um aumento de aproximadamente 23% em sua receita e uma queda de 35% no lucro.

Os Celtics carregam em seus uniformes a Vista Print, empresa global focana da criação de produtos de marketing físico e digital.

No seu elenco, o principal jogador é Jason Tatum, tanto no desempenho esportivo quanto nos negócios. O ala norte-americano, de 26 anos, recebeu em 2023 um salário anual de US$ 32,9 milhões e, fora de quadra, faturou US$ 13 milhões em patrocínios. Entre suas parcerias, também se destaca o acordo com a Jordan, em que possui uma linha própria de tênis.

Além de ficar à frente na quantidade de títulos e em valor de mercado, o Boston Celtics também ganha do Dallas Mavericks no ambiente digital. Somando YouTube, Facebook, Instagram, X e TikTok, a franquia que pode se tornar a maior campeã da NBA possui 22,7 milhões de seguidores, enquanto seu adversário soma 14,1 milhões.

O Dallas Mavericks, apesar de ter menos inscritos em seu canal no YouTube, supera seu rival em visualizações, com 38 milhões contra 14,4 milhões. A mesma tendência se repete no TikTok, em que a franquia tem mais seguidores (2,3 milhões contra 1,6 milhões) e curtidas (45,5 milhões contra 20 milhões).

A NBA, por sua vez, acumula 226,8 milhões de seguidores, somando YouTube, Facebook, Instagram, X e TikTok. No YouTube, a liga soma mais de 14 bilhões de visualizações, enquanto o Instagram é responsável por 88,2 milhões dos seus seguidores.

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