Paris 2024: A Tocha Olímpica está acesa rumo aos Jogos mais inclusivos da história

Faltam apenas 101 dias para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, um marco que promete não só um espetáculo esportivo, mas também um progresso significativo rumo a um mundo esportivo mais igualitário e diverso, com a maior participação de atletas femininas em toda a história do evento.

A história das mulheres nos Jogos Olímpicos é uma jornada de evolução e conquista. Desde a sua primeira participação, em 1900, justamente em Paris, com apenas 22 atletas femininas, até hoje, a trajetória foi marcada por lutas persistentes por igualdade e reconhecimento. Em Tóquio 2020, as mulheres representaram mais de 48% dos atletas e, neste ano, metade dos 11 mil atletas de diversas nações que pisarão em solo francês serão mulheres. Essa representatividade não é apenas um número, mas um testemunho do caminho percorrido e dos obstáculos superados pelas atletas ao longo das décadas.

Mas a diversidade e a inclusão dos Jogos Olímpicos de Paris não se restringem aos atletas.

Pela primeira vez na história, o elemento central da logomarca dos Jogos será uma figura feminina, Marianne. Marianne é um símbolo extremamente significativo na França, representando a República Francesa e os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que fundamentam a nação. Sua origem remonta à Revolução Francesa. Por meio dela, a França expressa seu compromisso com os princípios de democracia e direitos humanos, tanto dentro de suas fronteiras quanto em suas relações com o mundo. A escolha de Marianne como elemento central na logomarca dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 sublinha a mensagem de inclusão e igualdade que a França deseja destacar durante os Jogos.

Também vale ressaltar que esse espírito de Paris 2024 chegou às políticas e programas de inclusão que a organização dos Jogos tem implementado. Desde a seleção de voluntários e funcionários focada em refletir uma ampla diversidade de gêneros, etnias e culturas, até programas educacionais de conscientização que garantem que todos, de atletas a espectadores, entendam e valorizem essa diversidade e inclusão.

No mundo dos negócios, o foco na diversidade de gênero e cultural abre espaço para o envolvimento de novas marcas patrocinadoras, novos inventários de entrega e um impacto social cujo resultado certamente será visto em diversos eventos esportivos a partir de agora.

Estou animada. Ao que tudo indica, essa chama olímpica acenderá uma luz sobre o progresso em direção a um ambiente mais inclusivo e igualitário no esporte. Muitas meninas serão impactadas, e muitas se sentirão incluídas e encorajadas a começar. Que seja uma verdadeira revolução e que consigamos manter esse espírito quando a chama se apagar.

Roberta Coelho é CEO da equipe de e-Sports MIBR e escreve mensalmente na Máquina do Esporte

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