Picarelli volta à política enquanto ‘se ajoelha’ para pagar dívida de R$ 5 milhões

 

Maurício Picarelli voltou à política campo-grandense como pré-candidato a vereador pelo União Brasil. Enquanto esteve afastado do legislativo encarou processos por dívidas de R$ 5 milhões, inclusive pediu clemência a bancos para ”botar as contas em dia”.

Em março deste ano, o ex-deputado estadual por oito mandatos seguidos (32 anos) acionou a Justiça alegando ser idoso e aposentado e que os débitos são ”insuportáveis”. A dois bancos ele deve cerca de R$ 970 mil e evocou a Lei 14.181 de 2021 – conhecida como a ”Lei do Superendividamento” – para repactuar o montante e elaborar plano de pagamento.

”A parte autora é idosa e aposentada, dispondo de ínfima quantia de aposentadoria, que na maioria das vezes, não suprem despesas necessárias para a garantia do seu mínimo existencial”, disse o advogado na petição ao juiz que assumir o caso.

Em determinado trecho da ação, a defesa do ex-deputado chega a dizer que as duas instituições financeiras colaboraram, de alguma maneira, para o superendividamento do político.

Erro

Após a defesa apresentar diversos argumentos e documentação, a juíza de Direito Luciane Buriasco Isquerdo explicou que a ação não é de competência da 3ª Vara Bancária e sim da Vara Cível Residual.

Picarelli é pré-candidato a vereador pelo União Brasil (Foto: Instagram)

Dívidas e polêmicas 

O ex-deputado, em outro processo, disse ser vítima de um golpista e perdeu R$ 1,8 milhão. Ele caiu na promessa de aportar valores para o suspeito – conhecido internacionalmente e até preso – e receber lucros extraordinários.

Cargo

Maurício Picarelli não foi reeleito em 2018, após oito mandatos consecutivos. Como prêmio de consolação ganhou cargo de gerente da Rádio e TV Assembleia, cujo salário era de cerca de R$ 6 mil. No entanto, em fevereiro do ano passado foi exonerado quando do início do mandato do presidente Gerson Claro.

Picarelli também foi processado e condenado em 1ª Instância por acumular cargo de deputado estadual com diretor da então TVI (hoje é TV Guanandi afiliada Band). Na ação, Maurício negou ilegalidades e disse ser conhecedor das leis do Estado.

No despacho, o juiz destacou que é impossível o deputado não conhecer a ilegalidade que cometia e isso colaborou para a sentença condenatória.

Picarelli teve condenações e luta contra dívidas (Foto: Deivid Correia)

Inusitado 

Em outro processo por dívida de R$ 160 mil ao Bradesco, chamou a atenção o fato de um advogado que defendeu o ex-deputado alegar calote do cliente. Em uma nova ação ele se colocou com terceiro interessado, pedindo à Justiça que bloqueasse R$ 49 mil de Picarelli.

Sobre as dívidas com o Bradesco, a defesa de Picarelli respondeu assim à época da reportagem:

”Os advogados Maikol Weber Mansour e Paulo da Cruz Duarte esclarecem que como qualquer pessoa que convive em sociedade, o senhor Picarelli passou por algumas dificuldades no pagamento de empréstimos realizados com o Banco, por culpa exclusiva da instituição financeira, que cobra juros abusivos. No mais, toda dívida, já está em renegociação e será sanada”.

O espaço está aberto às manifestações dos advogado de Maurício e Magali Picarelli.

 

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