Megaoperação da Polícia Penal contra celulares em presídios do Mato Grosso do Sul foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (11). Na ação um equipamento que embaralha sinal dos telefones foi usado para cortar a comunicação dos internos.
Conforme divulgação da Agência Estadual de Administração Prisional do MS, a Agepen-MS, esta é a segunda fase da operação ”Mute” (mudo em inglês) em todo o País. As vistorias foram realizadas no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, na Capital e outras unidades do Estado.
O passo inicial, diz a Agência, é interromper a comunicação com a tecnologia que embaralha o sinal e em seguida é feita a busca pelos aparelhos nas celas. Enquanto isso agentes do Comando de Operações Penitenciárias, o COPE, faz a contenção da massa carcerária.
Os celulares atualmente são a principal ferramenta dos internos para se comunicar com comparsas que estão nas ruas e também para cometer crimes de dentro das cadeias. A ação é feita por meio Secretaria Nacional de Políticas Penais, a Senappen.
O diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, refletiu que a continuidade da operação visa ampliar os resultados já alcançados, diminuindo significativamente a presença de celulares em unidades prisionais.
”Essas comunicações proibidas configuram um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos”, disse o o secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco.
Primeira Fase
A Agepen divulgou que, no MS, a primeira fase ocorreu em outubro, resultando na apreensão de 187 celulares, com vistorias em sete presídios da capital e interior, com a participação de 161 policiais penais, sob coordenação da Gisp e Diretoria de Operações da Agepen. Durante a ação, foram transferidos 16 internos.
Conforme a Senappen, no país, foram apreendidos 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados. Ao todo, foram movimentados 55.919 presos.
