Policiais civis denunciam efetivo escasso, sobrecarga de trabalho e risco de colapso em MS

Policiais civis denunciam que a falta de efetivo nas delegacias de Pronto Atendimento Comunitário pode comprometer o atendimento à população em Campo Grande. Ele cita que servidores estão sobrecarregados, o que gera afastamentos por saúde. 

Conforme um dos denunciantes, que prefere não se identificar por medo de represálias, quem atua sobretudo na Depac Cepol está recebendo ocorrências de outras unidades, o que gera estafa. ”… estão baixando por saúde, por outros motivos. Está complicadíssimo. Todo mundo sobrecarregado”, desabafou.

Segundo fontes ouvidas pelo TopMídiaNews, essas unidades de plantão tinham sete investigadores por equipe quando foram inauguradas, em meados de 2006. Atualmente funcionam com três policiais. 

Ainda conforme o apontamento, nos dias mais críticos há fila de viaturas na porta da Depac Cepol e do Centro aguardando atendimento. A mudança do regime de estagiários nessas delegacias piorou a situação.  

Policial observa que fora previsto o preenchimento de 400 vagas para a PC/MS, mas isso há dois anos. Ele estima que, atualmente, esse número não conseguiria suprir a demanda em razão da possível regularização de aposentadorias. 

Outro problema citado é que as Depacs sempre foram separadas do ponto de vista administrativo e por isso tinham planos de férias separados.”Ou seja, se tem alguém na minha unidade de férias e vai ter outro lá, não pode mais”, lamenta servidor público. 

Sinpol-MS 

O Sindicato dos Policiais Civil de Mato Grosso do Sul endossa as reclamações e destaca que já cobrou providências. ”… são mais de mil policiais que está em déficit no MS e a situação se agrava muito mais nas Depacs”, explica o presidente Alexandre Barbosa.

Ele detalhou que a situação piorou quando a PC/MS concentrou os flagrantes na Depac Cepol e os registros de boletim de ocorrência na unidade Centro. 

Plantões da Delegacia da Criança pioram situação na Cepol (Foto: Wesley Ortiz)

Na unidade Cepol, segue o presidente, a situação é pior porque, além dos flagrantes, há uma parte das ocorrências envolvendo crianças e adolescentes que ficam nessa delegacia. Ele prometeu nova inspeção nas unidades e reforçou que a situação já vem sendo denunciada há tempos para o governo. 

Solução

O Sinpol-MS diz que a resposta do governo é a promessa de abrir concurso, algo que está sem previsão de ocorrer. O sindicalista observou que os agentes não estão recebendo horas extras e que a entidade sugere pagar esses valores para agentes de folga, já que o concurso deve demorar um ano.  

Entramos em contato com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública, a Sejusp, que encaminhou a situação para a Delegacia Geral da Polícia Civil. A DGPC, por sua vez encaminhou de volta para a secretaria. Sem respostas, consultamos a Secretaria de Administração para questionar sobre concursos públicos. O espaço está aberto a todos os citados. 



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