O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou novas informações sobre as variações de preços de alimentos básicos em Campo Grande, revelando um cenário misto de aumentos e reduções entre junho e julho de 2024.
O preço do óleo de soja em Campo Grande subiu 3,76% entre junho e julho, uma das maiores altas entre as 17 capitais pesquisadas. Esse aumento é atribuído à desvalorização do real em relação ao dólar e ao maior volume de exportação do produto, que elevou o preço no varejo. Em 12 meses, o óleo de soja apresentou variação positiva em oito capitais, com destaque para o Rio de Janeiro (9,97%).
O preço do quilo do pão francês também registrou aumento significativo em Campo Grande, com uma variação de 2,33% em julho, a segunda maior alta entre as capitais analisadas. Em um ano, o preço médio do pão francês subiu em 14 capitais, com aumentos variando entre 1,20% em Brasília e 6,15% em João Pessoa. A baixa oferta de trigo e o aumento dos custos de importação, devido à desvalorização cambial, são apontados como os principais fatores para essa alta.
O quilo do tomate teve uma queda expressiva de -45,56% em Campo Grande entre junho e julho, a maior redução registrada entre as 16 cidades onde o preço do tomate foi analisado. Essa diminuição é atribuída ao aumento da oferta, causado pelo calor que acelerou o amadurecimento do fruto. Em 12 meses, todas as capitais, exceto Belém, apresentaram redução no valor médio do tomate.
Para o feijão, a pesquisa mostrou uma variação positiva de 1,72% no preço do tipo carioquinha em Campo Grande entre junho e julho. Em um ano, os preços do feijão carioquinha caíram em todas as cidades pesquisadas, com destaque para Belém (-22,57%) e Salvador (-15,74%). A produção nacional e as importações aumentaram a oferta e ajudaram a reduzir os preços no varejo.
A batata foi o produto que mais chamou atenção em Campo Grande, com um aumento impressionante de 146,60% no preço em 12 meses, a maior alta registrada entre as capitais da região Centro-Sul. No entanto, entre junho e julho, o valor do quilo da batata diminuiu em sete das 10 capitais pesquisadas, graças à maior oferta proporcionada pela colheita da safra de inverno.